A Liga Deportiva Alajuelense, clube de futebol da Costa Rica, está envolvida em uma disputa legal com o León, do México, por uma vaga no Mundial de Clubes da FIFA, programado para 2025. O caso será analisado pelo Tribunal Arbitral do Esporte (TAS) em uma audiência marcada para 23 de abril.
O advogado Leon Weinstok, membro do conselho da Alajuelense, esclareceu que o processo começou em novembro do ano passado, quando o clube apresentou uma reclamação à FIFA. A alegação era de que o León e o Pachuca estavam descumprindo as regras sobre a propriedade de múltiplos clubes, o que poderia levar à desclassificação de um deles. Com a solicitação não sendo atendida, a Alajuelense decidiu recorrer ao TAS.
A regulamentação da FIFA proíbe que clubes sob o controle de uma mesma entidade participem da mesma competição. Caso essa regra seja violada, o Comitê Disciplinar da FIFA pode determinar a exclusão de um dos clubes envolvidos. O Secretário Geral da FIFA, Mattias Grafström, entendeu que o León deveria ser desclassificado.
Após a saída do León, a FIFA indicou que anunciará o clube substituto “em momento oportuno”. Há rumores de que um jogo de desempate entre Los Angeles FC e América do México pode ser uma solução, embora o América tenha negado qualquer comunicação oficial sobre isso. O Los Angeles FC foi vice-campeão da Liga dos Campeões da CONCACAF, perdendo para o León, que conquistou a vaga para o Mundial.
A Alajuelense argumenta que, segundo o regulamento, o número máximo de clubes participantes por país é dois, e que, pelo ranking da FIFA, ocupa a 15ª posição, sendo o clube com a melhor classificação entre aqueles que não são mexicanos ou estadunidenses. Com isso, a Alajuelense solicita que a FIFA escolha sua equipe substituta com base no ranking, uma vez que já existem dois times dos Estados Unidos e dois do México garantidos no torneio.
Caso a Alajuelense obtenha a vaga, ela se juntará ao Flamengo, onde o time brasileiro enfrentará os costarriquenhos na última rodada da fase de grupos. A expectativa é alta, e o clube está ansioso pela decisão do TAS que determinará seu futuro na competição.
A situação atual destaca a importância de garantir a transparência e a conformidade com as regras no futebol, ressaltando que as competições devem ser justas e baseadas em princípios regulatórios, independentemente de interesses econômicos que possam interferir.
