
Surpreendente Queda das Ações Mesmo com Resultados Impressionantes: CEO Aproveita a Oportunidade e Investe!
A queda das ações da Pague Menos, que chegou a mais de 10% após o anúncio de resultados positivos do quarto trimestre, gerou surpresa entre analistas e investidores. Inicialmente, as ações abriram em alta de 4%, mas rapidamente inverteram a tendência, alcançando uma baixa de 12%, com as ações recuando 9% no início da tarde.
Muitos especialistas estão perplexos diante dessa movimentação do mercado, já que o relatório divulgado pela empresa apresentou números sólidos. Em discussões com analistas, alguns expressaram que a queda não tem explicação clara, pois não houve informações durante a apresentação que justificassem esse comportamento.
Um ponto que chamou a atenção foi um comentário sobre a capacidade da Pague Menos em realizar aquisições (M&A), o que levou alguns investidores a interpretarem esto com cautela. No entanto, os representantes da empresa afirmaram que não estão buscando novas aquisições no momento.
Dados do mercado indicam que as vendas de ações estavam concentradas em poucas corretoras, com volumes significativos de liquidação negativa pelos principais bancos. Isso sugere que a pressão para venda pode ter contribuído para a queda abrupta, apesar dos resultados positivos.
No quarto trimestre, a Pague Menos anunciou um crescimento notável em suas vendas, com um aumento de 17,1% nas vendas em mesmas lojas, superando as expectativas dos analistas. Além disso, a margem EBITDA subiu 50 pontos base, alcançando 4,6%, também acima do consenso do mercado. A alavancagem da empresa caiu para 2,8 vezes o EBITDA, refletindo uma melhoria em sua posição financeira.
O ciclo de caixa da companhia teve uma leve melhora em comparação ao ano anterior, embora tenha se deteriorado ligeiramente em relação ao terceiro trimestre. As vendas brutas aumentaram 17,4%, totalizando R$ 3,6 bilhões, o que resultou em um crescimento de market share, especialmente nas regiões Nordeste e Centro-Oeste.
O lucro líquido da Pague Menos foi de R$ 77 milhões, uma alta de 22% em relação ao ano anterior. Este é o quarto trimestre consecutivo em que a empresa apresenta resultados acima do esperado, o que geralmente seria um indicador positivo para os investidores.
Em meio a essa situação, o CEO da Pague Menos, Jonas Marques Neto, compartilhou que aproveitou a queda das ações para adquirir mais papéis. Ele enfatizou que, desde que assumiu a liderança, nunca vendeu suas ações e que está interagindo ativamente no mercado. Jonas mencionou que não existem ativos na bolsa tão subestimados quanto os da Pague Menos.
A empresa também possui um programa de recompra de ações, que visa atender o plano de stock options para os funcionários, mas Jonas confirmou que a companhia não tem realizado recompras recentemente. Durante a conferência com analistas, a Pague Menos destacou que suas expansões serão feitas de forma cuidadosa, com planos para abrir cerca de 50 novas lojas ao longo do ano, mantendo um foco importante em reduzir seu endividamento.
Além disso, a companhia informou que os resultados de janeiro e fevereiro têm superado suas próprias expectativas, indicando que a trajetória de crescimento se mantém.
Em resumo, apesar de um quarto trimestre robusto e positivos indicadores financeiros, a Pague Menos enfrentou uma resposta de mercado inesperada. A atitude ativa do CEO e a estratégia de cautela nas expansões podem contribuir para a reavaliação das ações no futuro, mas a pergunta que permanece é: o que realmente motivou a forte queda das ações após a divulgação dos resultados positivos?