Recentemente, a Justiça negou um pedido do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) para realizar novas diligências em um processo em andamento. O juiz justificou a decisão afirmando que as questões levantadas já haviam sido abordadas em audiências anteriores, onde tanto o perito quanto outras testemunhas ofereceram suas declarações.
O processo em questão está relacionado a um incêndio no Centro de Treinamento do Flamengo que ocorreu em 2019. A primeira audiência do caso foi realizada em agosto de 2023, contando com a participação de 21 testemunhas, incluindo figuras proeminentes do clube, como Alexandre Wrobel, ex-vice de Patrimônio, e Reinaldo Belotti, atual CEO. O ex-presidente Eduardo Bandeira de Mello também esteve presente no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ).
Uma segunda audiência aconteceu em abril de 2024, onde 12 testemunhas, incluindo sobreviventes do incêndio, foram ouvidas – quatro delas de forma remota. Entre os sobreviventes estavam Caike Duarte, Filipe Chrysman, Naydjel Calleb, Pablo Ruan e Gabriel de Castro. Esses depoimentos foram essenciais para elucidar as circunstâncias do trágico evento.
Em outubro do mesmo ano, uma terceira audiência foi realizada, novamente ouvindo 12 testemunhas, desta vez em defesa dos réus. Após essa fase, no dia 23 de outubro, a última testemunha foi ouvida, e logo os interrogatórios dos réus se iniciaram.
O caso envolve inicialmente 11 denunciados. Um dos réus, o monitor Marcus Vinicius, acabou sendo absolvido, enquanto o engenheiro Luiz Felipe e o ex-diretor da base Carlos Noval tiveram suas denúncias rejeitadas. O MPRJ recorreu da decisão, mas a Justiça manteve sua posição em março do ano seguinte. Além disso, o MPRJ também havia solicitado a retirada de Eduardo Bandeira da lista de réus, um pedido que foi aceito pela Justiça.
As audiências e os novos desdobramentos deste processo continuam a atrair a atenção da mídia e do público, dada a gravidade do ocorrido. O Flamengo, um dos maiores clubes de futebol do Brasil, agora se vê envolto em questões judiciais que trazem à tona não apenas a tragédia humana do incêndio, mas também as responsabilidades administrativas e a busca por justiça para as vítimas e suas famílias. O andamento do processo é aguardado com expectativa por todos os envolvidos.
