Thiago Motta foi demitido da Juventus após nove meses à frente da equipe. Sua saída, considerada controversa, ocorreu em um momento em que o time enfrentava um desempenho oscilante, resultando em sete gols sofridos e duas derrotas em partidas decisivas, que contribuíram para sua demissão. A relação entre Motta e o clube parecia estar deteriorada, com questões internas sendo destacadas por fontes próximas ao ambiente da equipe.
Entre os motivos para a insatisfação com o trabalho de Thiago, destacaram-se a percepção do vestiário, a gestão do elenco e a qualidade das relações interpessoais. A abordagem rígida que o técnico adotou parecia criar um ambiente mecânico e pouco empático, dificultando a conexão com os jogadores, especialmente em momentos de crise. Essa falta de conexão foi identificada como um dos principais problemas, levando a uma situação em que muitos jogadores se sentiam desmotivados e desconectados da filosofia do treinador.
Um episódio que simbolizou a instabilidade foi a saída do capitão Danilo, que aconteceu sob circunstâncias problemáticas. Danilo, que raramente teve a oportunidade de discutir suas preocupações com Motta, foi deixado de fora do elenco após solicitações que não foram devidamente comunicadas. Essa situação piorou a atmosfera no vestiário e se tornou um dos pontos baixos da gestão de Motta.
A carreira de Thiago como técnico começou a ganhar destaque no Bologna, onde ele teve sucesso entre 2022 e 2024, levando o time a conquistar uma vaga na fase de grupos da Champions League. Essa temporada destacava-o como uma promessa no mercado de treinadores, levando à esperança de um futuro promissor na Juventus. Contudo, sua passagem pelo clube não foi bem-sucedida. Durante os 42 jogos dirigidos pela equipe, o saldo foi de 18 vitórias, 8 empates e 16 derrotas. Com a equipe eliminada em competições importantes e ocupando apenas a quinta posição no Campeonato Italiano, a pressão sobre Motta aumentou consideravelmente.
O vínculo entre Thiago e a Juventus, inicialmente promissor, se deteriorou ao longo do tempo. Com um contrato de três anos, ele era visto como parte de uma reformulação necessária para a equipe, que não conquista o Campeonato Italiano há quatro anos. Entretanto, após a sua demissão, a Juventus anunciou Igor Tudor como o novo técnico, na busca por melhoria imediata.
A saída de Thiago Motta ilustra os desafios que técnicos enfrentam em ambientes de alta pressão como o da Juventus, onde as expectativas são sempre elevadas, e o desempenho é crucial para manter a estabilidade e a credibilidade da equipe.
