
O São Paulo Futebol Clube enviou uma carta à FIFA e à Conmebol no dia 21, solicitando punições mais rigorosas para casos de racismo no futebol. O clube tomou essa iniciativa após incidentes recentes envolvendo atitudes racistas, incluindo ofensas dirigidas a um jogador durante a Libertadores sub-20 e declarações controversas de autoridades do futebol. A mensagem foi enviada em sintonia com o Dia Internacional de Luta pela Eliminação da Discriminação Racial, destacando a urgência do tema.
Na carta, o São Paulo expressou sua preocupação com a recorrência de episódios racistas e reafirmou a necessidade de sanções no âmbito esportivo como uma solução para esses problemas. O clube apresentou seis pontos principais que consideram essenciais para o combate ao racismo:
1. Perda de pontos para clubes cujos membros se envolvam em ações racistas.
2. Imposição de sanções financeiras significativas.
3. Eliminação de competições em caso de reincidência de comportamentos racistas.
4. Responsabilização dos árbitros que não aplicam corretamente as regras contra racismo.
5. Registro de infratores para controle.
6. Adoção de transparência nos critérios e métodos de punição.
Particularmente, o São Paulo propõe que clubes envolvidos em atos de racismo percam, no mínimo, três pontos, embora essa perda possa ser reduzida para um ponto se os responsáveis forem identificados e punidos. O clube enfatiza a importância de tratar o racismo como um crime e não apenas como uma infração administrativa.
No tocante às multas, sugeriu um valor de US$ 500 mil para casos similares ao incidente envolvendo o jogador atacado, com possibilidade de redução para US$ 100 mil, caso as ações dos responsáveis sejam adequadamente tratadas. A proposta inclui, ainda, que clubes reincidentes sejam eliminados de competições, pois a impunidade deve ser combatida de maneira eficaz.
Além dos pontos acima, o São Paulo pediu maior transparência da Conmebol em seus processos de punição e a responsabilização dos árbitros que não aplicam o Protocolo de Racismo da FIFA de forma adequada.
Os recentes eventos geraram protestos entre clubes brasileiros, especialmente após a multa de US$ 50 mil imposta ao Cerro Porteño por ofensas racistas em um jogo, que muitos consideraram insuficiente. A declaração do presidente da Conmebol na mesma data, que foi vista como insensível e preconceituosa,Só aumentou a indignação, levando a uma união de clubes em uma manifestação contrária à sua fala. A situação destaca as questões críticas que o futebol ainda enfrenta em relação ao preconceito e à necessidade de um ambiente mais inclusivo e respeitoso.