Revelações Surpreendentes: Isaac Newton, Ouro do Brasil e os Segredos da Escravidão!

O renomado físico Isaac Newton, uma das figuras mais influentes da história da ciência, também teve sua trajetória ligada ao ouro brasileiro, especialmente durante seu tempo como diretor da Casa da Moeda em Londres, de 1696 até sua morte em 1727. Durante esse período, o ouro que passava por suas mãos e era cunhado em moedas tinha, em grande parte, origem no Brasil. Este metal precioso era extraído em colônias que eram, em parte, impulsionadas por um sistema de trabalho escravo.

Recentemente, essa conexão foi explorada em um livro que analisa a evolução do pensamento econômico e suas implicações no mundo real. O autor examina as ideias de David Ricardo, um economista da era clássica, e como esses conceitos se distanciaram da realidade econômica e ética que as sociedades enfrentam. Através dessa análise, a relação de Newton com o ouro sendo cunhado a partir de matérias-primas originadas do Brasil é reexaminada.

Newton, após uma carreira como professor em Cambridge, teve um aumento significativo em sua remuneração ao assumir sua nova função na Casa da Moeda, onde ganhava um valor considerável por cada moeda que era produzida. Este aumento salarial foi notável, passando de cerca de £100 anuais em Cambridge para impressionantes £3.500 anualmente na Casa da Moeda, valores que, em termos atuais, equivaleriam a uma quantia ainda maior.

Seu enriquecimento não foi apenas fruto de seu cargo; a Casa da Moeda lidava com quantidades substanciais de ouro, principalmente oriundas de Portugal e de suas colônias, como o Brasil, que acabavam sendo repassadas ao comércio britânico. É notável que Newton, em seus escritos, reconhecia a proveniência do ouro que estava em circulação em Londres, o que sugere que ele estava ciente de que esse metal era, em parte, fruto do trabalho escravo.

Além de sua conexão com a moeda, Newton também investiu na South Sea Company, uma empresa envolvida no tráfico de escravos africanos. Apesar de ter sofrido perdas financeiras nesse investimento, essa associação ilustra o envolvimento de figuras proeminentes de sua época com práticas econômicas ligadas à exploração de populações escravizadas.

Embora muitos estudiosos reconheçam que Newton pode ter estado ciente do contexto econômico que cercava a origem do ouro, alguns especialistas notam que sua vida e carreira ocorrem em um período em que a exploração do ouro brasileiro estava apenas começando a prosperar. Portanto, enquanto sua figura brilhante em ciência continua a ser reverenciada, a descoberta de suas ligações com a escravidão traz uma nova camada à história de Newton, revelando uma faceta menos discutida de sua vida.

Como a iconografia e a arte da época demonstram, a riqueza da Grã-Bretanha estava profundamente entrelaçada com o comércio colonial e as estruturas de poder que possibilitaram isso. Essa interconexão entre ciência, economia e questões éticas proporciona um campo fértil para a reflexão sobre como os legados de figuras históricas são vistos e interpretados nos dias de hoje.

A reavaliação do papel de Newton, tanto na ciência quanto na economia, destaca a importância de compreender as complexidades das relações entre as figuras de destaque da história e as implicações sociais e éticas de suas ações e conquistas. Na busca pela verdade histórica, essas discussões nos convidam a refletir sobre os legados que deixamos e as histórias que contamos.

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