
Revelações Surpreendentes: EUA Espionaram o Brasil Durante o Governo Kennedy!
Documentos recentemente divulgados relacionados ao assassinato de John F. Kennedy, o 35º presidente dos Estados Unidos, e que foram tornados públicos pelo governo de Donald Trump, mencionam o Brasil no contexto da Guerra Fria, um período marcado pelo conflito ideológico entre os Estados Unidos e a antiga União Soviética, com a influência de Cuba e China na América Latina.
Mais de 2.000 arquivos foram liberados após um decreto assinado por Trump, que havia prometido, durante sua campanha, revelar todos os detalhes sobre a morte de JFK e os desdobramentos do caso. Outros lotes de documentos, totalizando cerca de 80 mil páginas, ainda devem ser divulgados.
Esses documentos revelam investigações realizadas pela CIA, entre outras agências do governo dos EUA, que visavam conter o avanço do comunismo na América Latina. Um ponto notável é o monitoramento de políticos brasileiros, incluindo Leonel Brizola, que foi governador do Rio Grande do Sul. Documentos históricos indicam que Brizola, líder da esquerda brasileira na época, teria recusado ofertas de ajuda dos regimes de Cuba e China enquanto tentava organizar uma transição de poder no Brasil após a renúncia do presidente Jânio Quadros em 1961.
Os relatórios apontam que tanto o Partido Comunista Chinês, sob a liderança de Mao Tse-tung, quanto o governo cubano de Fidel Castro ofereceram assistência a Brizola, que, no entanto, optou por não aceitar, temendo que essa decisão pudesse prejudicar as relações do Brasil com os Estados Unidos. O temor de uma possível intervenção americana foi corroborado por um oficial da CIA, que comentou sobre as preocupações de Brizola.
A renúncia de Jânio Quadros levou à ascensão de João Goulart, que mais tarde seria deposto no golpe militar de 1964. Documentos da CIA daquela época revelam que, antes do golpe, Cuba estava ativamente tentando aumentar sua influência em outros países da América Latina, inclusive no Brasil. Os documentos afirmam que Cuba estava envolvida em um esforço subversivo no Brasil, oferecendo recursos para grupos comunistas e apoio a movimentos sociais.
Além de Brizola e Goulart, os documentos também mostram a atenção dos EUA em relação à situação política no Brasil durante a década de 1960, em um momento em que o país enfrentava crises políticas e sociais. O governo dos EUA avaliava com preocupação o crescimento de movimentos sociais no Brasil enquanto estava envolvido na Guerra do Vietnã e lidava com as consequências da Revolução Cubana, que havia ocorrido apenas alguns anos antes.
Em reuniões realizadas semanas antes de seu assassinato, JFK expressou preocupações sobre a possibilidade de uma intervenção militar para depor Goulart, embora essa ação não tenha sido necessária. O apoio diplomático dos EUA foi suficiente para facilitar a derrubada do governo Goulart, resultando em uma ditadura militar que duraria por 21 anos, até 1985.
O assassinato de JFK continua a ser cercado de especulações e teorias da conspiração, envolvendo diversas agências governamentais. Imediatamente após sua morte, uma comissão especial, liderada por seu sucessor, concluiu que o ex-militar Lee Harvey Oswald era o único responsável pelo crime, mas uma investigação posterior da Câmara dos Representantes sugeriu que Oswald pode não ter agido sozinho, sem, contudo, identificar outros envolvidos. As autoridades sempre negaram em qualquer envolvimento no caso.
As informações recentemente divulgadas revelam um panorama fascinante da interação entre os EUA e o Brasil durante um período turbulento da história mundial, além do impacto que questões políticas e ideológicas tiveram nas relações entre as nações.