Recursos Inusitados: Brasileiros Enfrentam Altos Preços e Redescobrem Carcaça de Frango e Suã de Porco!

Na casa de Ionara, a carne vermelha, que antes fazia parte das refeições diárias, desapareceu da mesa nos últimos seis meses. O aumento substancial nos preços, principalmente nos últimos meses, tornou essa proteína menos acessível. Na rotina alimentar, Ionara e seus filhos, agora, muitas vezes se contentam apenas com arroz e feijão entre dois e três dias da semana.

Para contornar essa situação, Ionara encontrou alternativas. Um de seus recursos é a carcaça de frango, que ela compra em granjas locais, já que não está disponível nos supermercados. Cada carcaça, que pesa cerca de 4 kg, custa cerca de R$ 30. Ionara se mostra criativa na cozinha, utilizando essa carne para fazer sopas, refogados e canjas, que conseguem durar até duas semanas, ou até mais.

Outra opção que ela utiliza é a espinha de porco, conhecida em alguns lugares como suã, que é uma mistura de carne, gordura e osso. Ela encontra esse produto em açougues por aproximadamente R$ 10 o quilo e o menciona com entusiasmo, revelando que, com essa carne, conseguem fazer várias refeições saborosas.

Ionara também recebe doações de alimentos básicos, como macarrão, arroz e farinha, que ajudam a suplementar a dieta da família. De vez em quando, ela consegue comprar alguns ovos ou cortes de carne bovina, como o acém, que custa cerca de R$ 32 o quilo. Contudo, a sensação é que o dinheiro disponível ainda é insuficiente.

Essa situação de restrição alimentar é uma realidade que muitos enfrentam. O custo da cesta básica em sua região está em uma faixa que compromete uma grande parte do rendimento familiar. Para uma família de quatro pessoas, o valor necessário para cobrir todas as necessidades básicas é muito superior ao que muitas famílias conseguem ganhar mensalmente.

Enquanto isso, em outra área da cidade, Luiz Benedito também teve que se adaptar à alta dos preços nos últimos meses. Motorista de aplicativo, ele trocou um emprego mais estável na construção civil por essa nova função durante a pandemia. Luiz conta que sua renda mais que dobrou e hoje ele ganha cerca de R$ 4 mil mensais, o que lhe dá uma certa estabilidade financeira, embora ainda encontre desafios para manter a alimentação da família, que inclui sua esposa Suelen e seus dois filhos.

Essas histórias refletem as dificuldades e as adaptações que muitas famílias têm enfrentado em função da variação dos preços dos alimentos, mostrando a resiliência e a criatividade no dia a dia em busca de garantir uma alimentação adequada.

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