
Presidente de Israel Denuncia Abandono de Reféns em Nova Crítica ao Governo!
Em um dia decisivo para o governo de Binyamin Netanyahu, o Parlamento de Israel aprovou o Orçamento de 2025. No entanto, essa conquista foi acompanhada de críticas significativas, especialmente do presidente Isaac Herzog. Ele expressou sua preocupação com a diminuição da atenção dada ao retorno dos reféns que estão sob a custódia do Hamas na Faixa de Gaza. Herzog manifestou seu descontentamento em uma conferência na Universidade de Tel Aviv, perguntando como a questão dos reféns poderia ter deixado de ser uma prioridade.
Enquanto Herzog enfatizava a importância de manter o foco na libertação dos reféns, paralelamente, familiares dos sequestrados se reuniam em protesto em frente ao Parlamento. Essa demonstração de descontentamento ocorreu enquanto o governo trabalhava para aprovar o orçamento, uma medida crucial que, caso não fosse aprovada até o final de março, poderia resultar em eleições antecipadas.
Diante da aprovação do orçamento, o primeiro-ministro Netanyahu e seu governo, considerados os mais à direita da história israelense, enfrentaram críticas internas, especialmente após a recente retomada dos bombardeios na Faixa de Gaza. Essa ação rompeu um cessar-fogo que havia sido estabelecido para permitir negociações e troca de reféns. O Ministro das Finanças, Bezalel Smotrich, descreveu o orçamento como um “orçamento de guerra”, expressando confiança de que levaria à vitória.
A discussão sobre o orçamento ocorreu em um ambiente tumultuado, refletindo divisões profundas entre os legisladores sobre o futuro dos reféns e a situação política em geral. Antes da votação, manifestantes tentaram barrar a entrada de parlamentares no edifício, e durante a sessão, parentes de reféns adentraram o plenário, segurando cartazes e imagens de seus entes queridos.
Nos dois meses anteriores, a trégua que havia sido acordada permitiu a libertação de 25 dos 251 reféns capturados durante os ataques de 7 de outubro de 2023, além do retorno de oito corpos. Em troca, aproximadamente 2.000 palestinos foram soltos de prisões israelenses. Contudo, a reativação dos bombardeios interrompeu o progresso rumo a uma segunda fase das negociações, na qual mais reféns deveriam ser libertados. Atualmente, ainda há 59 cativos sob a custódia do Hamas, com suspeitas de que cerca de 24 deles estejam vivos.
Após o reinício dos ataques, grupos de oposição organizaram uma grande manifestação contra Netanyahu, que contou com a presença de familiares de reféns. Os manifestantes expressaram indignação, gritando frases que criticavam o primeiro-ministro e suas decisões, incluindo a retórica de que ele concentrava poder em um momento de crise.
Essas tensões revelam como a situação dos reféns, enredada nas complexidades do conflito israelense-palestino, continua a ser um tema delicado e central nas discussões políticas atuais. Os parentes dos sequestrados afirmaram que o governo, ao retomar os bombardeios, colocou em risco a segurança e a vida dos reféns ainda vivos, criando um ambiente de medo e incerteza.