
O Palmeiras está se preparando para reforçar a segurança de sua delegação durante a partida contra o Cerro Porteño, no Paraguai, válida pela fase de grupos da Libertadores. Essa decisão ocorre em função do recente clima tenso entre os clubes, após o Verdão criticar a falta de punições aos atos racistas cometidos por torcedores paraguaios, tanto pela equipe rival quanto pela Conmebol.
A presidente Leila Pereira destacou a importância de agir contra o racismo, enfatizando que essa é uma questão que vai além de uma rivalidade entre os times. Ela expressou sua preocupação quanto à segurança, mas acredita que a Conmebol está buscando garantir que a partida ocorra sem incidentes que prejudiquem o espetáculo.
Leila também notou que o Palmeiras já enfrenta problemas relacionados ao racismo, citando um incidente recente em que o atacante Luighi sofreu ofensas racistas durante um jogo da Libertadores sub-20. Desde então, ela tem solicitado punições mais rigorosas para os responsáveis. Apesar das preocupações, ela assegurou que não teme que o clube possa ser prejudicado na competição, afirmando que a luta contra o racismo deve ser prioritária.
A presidente reafirmou sua determinação em defender o Palmeiras e seus torcedores, ressaltando que é seu dever como dirigente se manifestar e agir contra comportamentos inaceitáveis. De acordo com ela, os clubes precisam se unir nesse combate, e é fundamental que todos compartilhem desse compromisso.
Recentemente, Leila fez declarações que chamaram a atenção ao sugerir que os clubes brasileiros considerem deixar a Conmebol e integrar a Concacaf, em virtude da ineficácia da entidade em lidar com casos de racismo. O presidente da Conmebol, por sua vez, comentou que a Libertadores sem a presença de clubes brasileiros seria algo sem sentido, comparando a situação a um famoso personagem de desenho animado.
Enquanto isso, Leila destacou que as reclamações não são contra a Conmebol como instituição, mas sim contra suas falhas na aplicação de punições adequadas em casos de racismo. Ela ressaltou que é preciso haver consequências severas para tais atos, a fim de banir esse tipo de comportamento do futebol.
O Palmeiras fará sua estreia na Libertadores no dia 3 de abril contra o Sporting Cristal, no Peru. Além disso, terá um confronto de volta com o Cerro Porteño no Allianz Parque, previsto para o dia 9 de abril. A presidente do clube enfatizou que, independentemente de onde os jogos aconteçam, é importante que atos discriminatórios sejam tratados com seriedade, buscando sempre a justiça e a punição correta para quem comete tais crimes.