Oruam Rebate Críticas à ‘Lei Anti-Oruam’: ‘Sempre Tentaram Criminalizar o Funk, Rap e Trap!’

Recentemente, um polêmico projeto de lei tem gerado discussões sobre a relação entre a música e a criminalização de certos gêneros, como funk, rap e trap. O projeto, que ficou conhecido como “lei anti-Oruam”, tem sido visto como uma tentativa de censurar e marginalizar esses estilos artísticos, associando-os automaticamente à apologia ao crime.

O artista Oruam, que se tornou um dos principais visados nesta discussão, expressou sua preocupação com essa iniciativa. Em suas declarações, ele ressalta que há uma longa história de tentativas de criminalizar o funk e outros gêneros semelhantes, que frequentemente são estigmatizados. Ele argumenta que essas tentativas de censura não apenas deslegitimam a cultura, mas também ignoram o contexto social da produção musical.

As críticas não se limitam apenas ao impacto artístico. Muitos defendem que essa abordagem é uma forma de silenciar vozes da comunidade e perpetuar estigmas que já existem. Oruam, em suas falas, afirma ter se tornado uma pauta política, sendo colocado no centro do debate em razão de suas letras e estilo musical. A sua resposta, no entanto, não é somente de resistência, mas também de um chamado à reflexão sobre como a arte pode ser entendida e apreciada além das associações negativas.

Além disso, o projeto de lei em questão foi aprovado pela Câmara e proíbe a Prefeitura de contratar artistas que façam apologia ao crime e às drogas. Essa decisão tem levantado várias questões sobre a liberdade de expressão e até onde vai a linha entre a arte e a responsabilidade social dos artistas.

Oruam comenta que a polêmica revela uma falta de entendimento sobre o impacto da música na sociedade. Ele menciona que, muitas vezes, os que criticam desconhecem o conteúdo das letras, sugerindo que a apreciação da música deve ir além de estereótipos e preconceitos. A resposta de alguns dos legisladores à música de Oruam tem sido de desdém, como um deles afirmou não conhecer suas músicas, enfatizando um certo elitismo cultural. Essa dinâmica suscita um debate muito mais amplo sobre as vozes que são ouvidas e valorizadas na sociedade.

A reação ao projeto é diversa e abrange desde apoio incondicional, que vê a medida como uma necessidade de preservar a moralidade pública, até críticas de quem acredita que essa lei é uma forma de repressão à liberdade artística. Este polarização destaca a complexidade da questão, e muitos se perguntam se a intenção de combater o crime não estaria, na verdade, contribuindo para o silenciamento de expressões legítimas.

Por outro lado, Oruam tem usado sua plataforma para incentivar o diálogo sobre esses assuntos, buscando uma maior compreensão das realidades que suas músicas refletem. Em suas composições, ele aborda temas como desigualdade social, o cotidiano das comunidades e a luta por reconhecimento, elementos que fazem parte da vivência de muitos jovens no Brasil.

Em conclusão, a discussão em torno do projeto de lei e suas implicações para a música e a cultura popular está apenas começando. A relação entre arte, sociedade e leis é complexa e merece uma análise crítica e sensível. As vozes de artistas como Oruam são fundamentais para enriquecer essa conversa, desafiando preconceitos e promovendo um ambiente mais inclusivo e respeitoso para todas as formas de expressão artística.

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