Motta advoga por aumento de arrecadação, mas enfrenta forte resistência!
O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, expressou preocupação quanto à agenda fiscal proposta pelo governo, que busca aumentar a arrecadação. Durante uma coletiva de imprensa, Motta destacou que essa agenda pode não ser vista como benéfica para o país no momento. Segundo ele, a atual prioridade deveria ser repensar os gastos públicos e adotar uma postura fiscal mais responsável, pois o setor privado aguarda essa mudança para aumentar seus investimentos.
Dentro do pacote fiscal, o governo pretende enviar um projeto que isenta do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) aqueles que recebem até R$ 5.000 mensais. Para compensar essa isenção, foi sugerida a criação de uma nova faixa de tributação para os super-ricos, que inclui aqueles com rendimentos acima de R$ 50.000 por mês. A proposta prevê uma alíquota mínima de 10% aplicada sobre diversos tipos de rendimento, como lucros, dividendos, aluguéis e bônus.
O presidente também ressaltou a importância de agir com cautela, especialmente em um cenário internacional instável. Ele mencionou a recente eleição do republicano Donald Trump nos Estados Unidos e as possíveis repercussões que suas decisões econômicas podem ter sobre o Brasil, indicando que será necessário observar as consequências desse novo governo.
Em um contexto mais amplo, a arrecadação federal atingiu um recorde em 2024, totalizando R$ 2,71 trilhões, o maior valor real desde 1995. No entanto, mesmo com esse aumento significativo na arrecadação, espera-se que o Brasil enfrente um déficit nas contas públicas, situação em que as despesas governamentais superam as receitas.
O cenário fiscal requer atenção e estratégias bem planejadas para garantir a estabilidade econômica do país, destacando a importância de um debate aberto e construtivo entre governo e parlamentares para encontrar soluções que beneficiem a todos.