Líbano escolhe novo presidente e envia um alerta impactante ao Hezbollah!

O Parlamento do Líbano elegeu Joseph Aoun, o chefe do Exército, como o novo presidente do país em uma votação realizada na quinta-feira (9). O cargo estava vago há mais de dois anos, e a escolha de Aoun, que recebeu apoio significativo de potências estrangeiras, indica um fortalecimento do governo em relação ao Hezbollah, um grupo armado islâmico que tem influência significativa no Líbano e é aliado do Irã.

Em seu discurso após a eleição, Aoun, de 60 anos, enfatizou a prioridade de garantir que somente o Estado tenha o direito de portar armas, uma clara mensagem direcionada ao Hezbollah. Durante sua fala, ele foi aplaudido por muitos parlamentares, enquanto os representantes do Hezbollah se mantiveram em silêncio.

Aoun também prometeu iniciar a reconstrução de áreas no sul do Líbano que, segundo ele, sofreram danos significativos devido a conflitos com Israel. Ele expressou sua intenção de prevenir ataques vindos de Tel Aviv, lembrando que o país já lidava com crises econômicas e políticas antes do recente conflito. “Hoje uma nova fase na história do Líbano começa”, declarou.

A eleição reflete uma mudança no equilíbrio de poder tanto no Líbano quanto no Oriente Médio. O Hezbollah, que tem estado enfraquecido após a guerra recente, enfrentou uma nova dinâmica com a recente queda do regime sírio de Bashar al-Assad, que era seu aliado. Além disso, a eleição de Aoun sugere um possível ressurgimento da influência saudita no Líbano, que há tempos estava à sombra do Irã e do Hezbollah.

Vale ressaltar que Aoun foi instrumental na mediação de um cessar-fogo entre Hezbollah e Israel no ano passado, com o apoio dos Estados Unidos e da França. O ministro das Relações Exteriores de Israel parabenizou a vitória de Aoun, expressando esperança de que isso traga estabilidade e boas relações entre os países vizinhos. Por sua vez, a embaixadora americana no Líbano manifestou sua satisfação com a eleição.

A França, também, destacou que essa nova eleição abre um capítulo promissor para o Líbano e que agora é crucial a formação de um governo forte que possa implementar reformas necessárias para a recuperação econômica e a estabilidade do país.

Alguns legisladores, como Melhem Riachi, que apoiaram Aoun, veem a eleição como um sinal de harmonia renovada entre o Líbano e a comunidade internacional. No entanto, nem todos compartilham desse otimismo. Gebran Bassil, um opositor de Aoun, argumenta que a eleição foi influenciada por pressões externas.

A presidência do Líbano estava sem ocupante desde outubro de 2022, após o término do mandato de Michel Aoun. O apoio a Joseph Aoun aumentou especialmente quando Suleiman Frangieh, um candidato do Hezbollah, desistiu de sua candidatura e decidiu apoiar o novo presidente.

Fontes internacionais, incluindo a Arábia Saudita, sinalizaram que a ajuda financeira ao Líbano poderia estar atrelada ao sucesso de Aoun nas eleições, indicando a disposição da comunidade internacional em apoiar o país, desde que haja um governo funcional. O rei e o príncipe herdeiro sauditas parabenizaram Aoun pela vitória.

A eleição é um passo importante para revitalizar as instituições governamentais do Líbano, que não possuem um chefe de Estado ou um governo estável desde a saída de Michel Aoun. O país enfrenta uma crise econômica que começou em 2019, e a reconstrução após a guerra é urgente, com danos estimados em bilhões de dólares. As áreas que têm o apoio do Hezbollah foram as mais severamente afetadas, e o grupo busca aumentar seu apoio árabe e internacional.

Agora, Aoun terá a responsabilidade de convocar consultas para nomear um novo primeiro-ministro muçulmano sunita, um processo que pode ser demorado devido às negociações entre as diferentes facções políticas. Atualmente, o primeiro-ministro interino é Najib Mikati, que ocupa a função até que um novo gabinete seja formado.

Com a nova presidência, espera-se que o Líbano possa encontrar um caminho para a estabilidade e a recuperação, refletindo a vontade da população e a integração do país com a comunidade internacional.

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