
Leo Índio Revela: A Verdadeira Razão da Fuga para a Argentina Após o 8 de Janeiro!
Cerca de um mês após ser acusado de tentativa de golpe, Leonardo Rodrigues de Jesus, conhecido como Léo Índio e sobrinho do ex-presidente Jair Bolsonaro, revelou em uma entrevista que está foragido na Argentina. Durante a conversa, que foi ao ar em uma rádio do Paraná, Léo Índio admitiu ter fugido para o país vizinho e mencionou que se encontra lá há 22 dias.
A entrevista, que contou com perguntas do apresentador Valdomiro Cantini e respostas previamente gravadas por Léo Índio, ocorreu no mesmo dia em que seu tio e outros acusados passaram a ser considerados réus por decisão unânime do Supremo Tribunal Federal (STF).
Embora o apresentador tenha inicializado a conversa afirmando que não revelaria o paradeiro do entrevistado, durante a transmissão ambos confirmaram que ele está na Argentina, mas não especificaram a cidade onde se encontra ou como ele conseguiu viajar até lá. Léo Índio também declarou que terá que se apresentar às autoridades argentinas em alguns meses para atualizar seus documentos.
Na entrevista, ele fez um apelo aos parlamentares aliados do bolsonarismo, enfatizando a necessidade de se buscar a anistia para aqueles envolvidos nas tentativas de golpe. Ele expressou insatisfação com a falta de prioridade em aprovar medidas que garantam essa anistia, afirmando que há muitos “exilados” no país vizinho e citando a história de pessoas que conseguiram fugir do Brasil.
Além disso, Léo Índio tentou minimizar sua própria participação nos eventos de 8 de janeiro, onde ocorreram tumultos golpistas em Brasília, afirmando que sua inclusão no processo decorreu apenas da publicação de uma selfie. Ele é acusado de crimes graves, incluindo associação criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, entre outros. Em sua defesa, Léo Índio alega que não existe evidência suficiente para corroborar suas acusações.
O caso contra Léo Índio começou a ser analisado pelo STF em fevereiro. O relator do processo, Alexandre de Moraes, e os outros ministros da Primeira Turma votaram a favor de aceitar a denúncia da Procuradoria-Geral da República, que acredita que Léo Índio participou ativamente dos atos golpistas.
As evidências coletadas mostram Léo Índio em vídeo durante os tumultos, em locais como o Congresso Nacional e o STF, onde contribuiu para a depredação e vandalismo que ocorreram naquela data. Além disso, foi mencionada sua presença em acampamentos de bolsonaristas em frente aos quartéis, que abrigavam muitos manifestantes envolvidos nos atos de vandalismo.
Desde o início, Léo Índio tem se defendido, alegando que não teve um papel ativo nas ações e que a Procuradoria não conseguiu provar sua participação nos crimes. Ele também solicita que o caso seja retirado da jurisdição do STF, alegando que a responsabilidade do caso deve ser revista.
Os acontecimentos em torno desse caso continuam a se desenrolar, e Léo Índio permanece em situação de foragido, aguardando desdobramentos legais que podem impactar sua vida e a de seus familiares.