
Latam projeta lucro surpreendente de R$ 6,5 bilhões com nova parceria inovadora!
A Latam Airline comunicou que não irá comentar sobre os detalhes do seu acordo comercial com a Voepass. Apesar do entendimento formal entre as duas companhias, a Latam reforçou, em uma nota à imprensa, que a ampliação do acordo de codeshare se restringia à “permutação de slots” e que essa atualização não poderia ser interpretada como uma forma de controle operacional ou administrativo de uma empresa sobre a outra. Essa afirmação contrasta com os termos apresentados pela Voepass em um processo judicial, que indicam uma relação mais intrusiva.
Desde 2014, a Latam e a Voepass, anteriormente conhecida como Passaredo, mantêm um acordo de codeshare, que permite a venda de passagens para voos operados pela Voepass. Em março de 2023, esse contrato foi ampliado, e uma reformulação significativa ocorreu em junho de 2024, que permitiu à Latam acesso quase total aos documentos da Voepass, apenas 50 dias antes de um acidente envolvendo uma das aeronaves.
As especificidades das mudanças feitas em junho de 2024 não foram divulgadas publicamente. No entanto, algumas informações foram obtidas a partir de um processo administrativo no Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), que analisou esse pedido de ampliação do acordo de codeshare. De acordo com esse processo, o novo contrato previa a possibilidade de a Latam fornecer “assistência técnica e outras atividades que buscassem reduzir custos” para a Voepass.
Informações mais recentes tiveram origem em uma ação judicial apresentada pela Voepass, na qual a companhia busca receber da Latam um montante de R$ 34,7 milhões. Essa quantia inclui compensações devido à suspensão da operação de quatro aeronaves que faziam parte do acordo de codeshare, assim como outros fatores. É relevante ressaltar que, em agosto, mês do acidente, a Voepass relatou que cerca de 93% de sua receita provenha desse acordo com a Latam.
Na ação, ficou evidente que a Voepass apresentou um contrato adicional ao acordo de codeshare, descrito como um “novo contrato de parceria”. Embora anexado como um documento sigiloso, informações sobre ele foram divulgadas durante o processo, evidenciando que a Latam tinha acesso irrestrito a documentos internos da Voepass.
Esses eventos revelam a complexidade da relação entre as duas companhias aéreas e levantam questões sobre a natureza dos contratos estabelecidos. As implicações dessa parceria se mostram significativas, especialmente no que diz respeito à operação e ao financeiro das empresas envolvidas. A continuidade dessa relação e os desdobramentos legais podem impactar o mercado de aviação, bem como a posição de ambas as empresas no setor.