Irã promete ‘revanche devastadora’ contra os EUA se houver ataque, alerta Khamenei!

O líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, fez uma declaração contundente nesta segunda-feira em resposta a ameaças do presidente dos Estados Unidos. Khamenei advertiu que, se os EUA seguirem com a intenção de bombardear o Irã, conforme insinuou o presidente, o país enfrentará um retorno enérgico a essas ações.

Recentemente, o presidente americano reiterou sua posição em uma mensagem, afirmando que o Irã será alvo de ataques aéreos caso não aceite uma nova proposta de negociação que lhe foi enviada no início de março. Esta proposta estabelece um prazo de dois meses para o Irã considerar as novas condições.

Em resposta, o Ministério das Relações Exteriores do Irã convocou o embaixador da Suíça, que atua como intermediário entre Washington e Teerã, para deixar clara a disposição do Irã em reagir de maneira firme e rápida a qualquer ameaça. Khamenei, em sua fala, ressaltou a existência de uma longa história de hostilidade entre os EUA e Israel e enfatizou que, apesar de considerarem improvável um ataque, qualquer ato hostil geraria uma reação forte do Irã. Ele também mencionou que a população iraniana estaria pronta para enfrentar qualquer tipo de desestabilização interna, como as provocadas por protestos passados.

Autoridades iranianas têm responsabilizado o Ocidente por distúrbios recentes, incluindo as manifestações que ocorreram em consequência da morte de Mahsa Amini, uma jovem que faleceu enquanto estava sob custódia policial, e as revoltas de 2019 relacionadas ao aumento dos preços dos combustíveis. A resposta do Irã à proposta dos EUA foi dada por meio de declarações do presidente Masoud Pezeshkian, que deixou claro que, embora Teerã não esteja disposta a negociar diretamente com os EUA, está aberta a discussões indiretas.

Um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Irã considerou as ameaças de bombardeios como uma afronta à paz e segurança internacional, enfatizando que a violência gera mais violência, enquanto a paz leva a resultados positivos. Ele alertou que os EUA teriam que arcar com as consequências de suas escolhas.

Vale lembrar que, durante seu primeiro mandato, o presidente americano havia retirado o país de um acordo de 2015 que limitava as atividades nucleares do Irã em troca do alívio de sanções econômicas. Desde então, o Irã tem avançado em seu programa nuclear, ultrapassando os limites estabelecidos no acordo. As potências ocidentais frequentemente levantam preocupações sobre as intenções do Irã em desenvolver armas nucleares, embora o país mantenha que seu programa nuclear é exclusivamente voltado para fins civis.

Diante deste cenário tenso, o futuro das relações entre o Irã e os EUA parece incerto, marcado por desconfianças mútuas e um jogo complexo de interesses regionais e internacionais.

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