IPCA: Surpreendente aumento de apenas 0,16% em janeiro, a menor taxa desde o Plano Real!

Em janeiro, a inflação oficial do Brasil, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), apresentou uma desaceleração, registrando um aumento de apenas 0,16%. Esse valor é uma queda significativa em relação ao crescimento de 0,52% observado em dezembro do ano anterior. Essa foi a taxa mais baixa para o mês de janeiro desde a implementação do Plano Real, em 1994.

A taxa de 0,16% ficou dentro das expectativas de especialistas, que projetavam variações entre 0,05% e 0,42%. Em um período de 12 meses, até janeiro de 2025, o IPCA teve um aumento acumulado de 4,56%. Já em 2024, encerrou com uma elevação de 4,83%, superando o limite máximo da meta de inflação definida pelo Conselho Monetário Nacional. Para esse ano, a meta era de 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual.

Durante o período entre dezembro de 2024 e janeiro de 2025, três dos nove grupos monitorados pelo IBGE mostraram uma aceleração nos preços. Os grupos de transportes, saúde e cuidados pessoais, e educação apresentaram variações de 0,67% para 1,30%, 0,38% para 0,70%, e 0,11% para 0,26%, respectivamente.

Por outro lado, o grupo de habitação teve uma deflação de 3,08%, principalmente devido à redução dos preços da energia elétrica, influenciada pelo bônus concedido pela Usina de Itaipu. Esse desconto fez com que, em janeiro, os preços de habitação registrassem uma queda acumulada de 0,56%.

Na habitação, a energia elétrica teve uma queda expressiva de 14,21%, graças à incorporação do bônus que foi creditado nas faturas de janeiro, o que representa um crédito resultante da comercialização de energia dessa usina.

Outros grupos, como alimentação e bebidas, também mostraram um aumento menos acentuado nos preços, passando de 1,18% em dezembro para 0,96% em janeiro. As despesas pessoais tiveram uma leve desaceleração, com variação de 0,62% para 0,51%. Por outro lado, categorias como artigos de residência e vestuário mudaram de tendência, passando de uma alta de 0,65% e 1,14% para uma queda de 0,09% e 0,14%, respectivamente.

Adicionalmente, a inflação se dispersou menos entre os produtos que compõem o IPCA no primeiro mês de 2025. O Índice de Difusão, que avalia a proporção de itens com aumento de preços, caiu para 65%, em contraposição aos 69% registrados em dezembro. Excluindo os alimentos, que costumam ser voláteis, essa abrangência foi ainda menor, reduzindo-se de 68,9% para 59,8%.

O cálculo do IPCA, que serve como referência oficial para a inflação brasileira, é baseado em uma cesta de consumo que reflete os hábitos de famílias com rendimentos variando de um a 40 salários mínimos. Essa análise abrange dez regiões metropolitanas, além de cidades como Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e Brasília.

Esses indicadores ajudam a entender como a inflação se comporta em diferentes setores e como ela afeta o cotidiano das pessoas. A variação dos preços tem um impacto direto na economia, influenciando decisões de consumo, investimentos e políticas monetárias. A análise contínua da inflação é fundamental para traçar estratégias que visem a estabilidade econômica e a proteção do poder de compra da população.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Back To Top