Haddad Revela os Motivos por Trás da Alta da Selic em Março: A Influência de Campos Neto!

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, fez declarações recentes sobre a elevação da taxa Selic, atribuindo a responsabilidade à gestão do ex-presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, que deixou o cargo em dezembro. No entanto, ele não mencionou que Gabriel Galípolo, o atual presidente do Banco Central, foi parte do Comitê de Política Monetária (Copom) e teve um papel significativo na votação recente.

Durante uma entrevista no programa “Bom Dia, Ministro”, Haddad falou sobre a estratégia do Banco Central em relação à taxa de juros, conhecida como “guidance”, que tem como objetivo indicar a tendência futura da Selic. O Copom decidiu aumentar a taxa de 13,25% para 14,25% ao ano, um aumento de 1 ponto percentual. Haddad também destacou que o Banco Central sinalizou uma possível nova elevação na próxima reunião, marcada para maio, mas com uma magnitude menor.

Em relação à reunião de dezembro, onde a Selic subiu de 11,25% para 12,25%, Haddad sugeriu que o ex-presidente do Banco Central havia deixado “contratadas” novas altas de juros para o futuro, o que se refletiu nas decisões tomadas em 2025. Ele argumentou que não seria plausível realizar uma mudança abrupta de política monetária imediatamente após a posse.

Haddad enfatizou que a nova gestão do Banco Central herdou desafios significativos e criticou a administração anterior, mencionando o impacto importante que decisões tomadas em 2022 tiveram nas contas públicas. Ele elogiou a capacidade técnica dos diretores do Banco Central, afirmando que eles estão comprometidos em agir em benefício do país.

Importante ressaltar que, enquanto Haddad atribui as elevações da Selic à gestão Campos Neto, os votos de Galípolo e dos outros diretores do Copom indicados pela atual administração de Lula tiveram maior peso nas decisões recentes. Galípolo, em uma declaração anterior, sublinhou que a responsabilidade pelas decisões passadas deveria ser compartilhada, promovendo um debate sobre as visões dentro do Copom a respeito da política monetária.

Além disso, Haddad também comentou que Campos Neto havia se prolongado no cargo por dois anos além do término do governo anterior, em um contexto em que a lei estabeleceu um regime de mandatos não coincidentes para evitar influências diretas do governo nas decisões do Banco Central. Isso garante que as gestões do Banco Central se mantenham independentes, mesmo com a troca de governo.

Atualmente, a taxa de inflação medida pelo IPCA registrou um aumento, alcançando 5,06% em 12 meses até fevereiro, bem acima da meta estabelecida de 3%, o que reflete desafios adicionais para a política econômica do país. O Banco Central sinalizou que pode não conseguir cumprir sua meta de inflação em um prazo próximo, o que poderia forçar novas revisões nas diretrizes de política monetária.

Dessa forma, a atual discussão sobre a taxa Selic e suas implicações footprint financeiro brasileiro continua a ser um tema de grande relevância, com uma série de variáveis a serem consideradas tanto na análise das decisões passadas quanto nas estratégias futuras de controle inflacionário e promoção do crescimento econômico.

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