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Galípolo Revela: A Estratégia dos Juros Altos Vai Transformar a Economia!
O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, declarou que a estratégia de manter os juros altos é uma medida eficaz para combater a inflação. Em um evento no Rio de Janeiro, ele enfatizou a importância de uma análise cuidadosa e equilibrada dos dados econômicos, ressaltando que o Brasil deve enfrentar um momento difícil a curto prazo, com inflação acima da meta e uma economia em desaceleração.
Galípolo destacou que o Banco Central está preparado para manter a taxa de juros em um nível restritivo e seguir por essa direção. No entanto, ele reconheceu que a situação atual é desconfortável para a população, empresas e famílias, com a expectativa de que a inflação continue elevada, refletindo eventos econômicos passados. Ele lembrou que o país deve experimentar um novo aumento da inflação, que deve ultrapassar o teto da meta de 4,5% em junho.
Esta foi a primeira aparição pública de Galípolo em relação à política monetária desde que assumiu a presidência do Banco Central no início do ano. Recentemente, o Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu elevar a taxa Selic em um ponto percentual, passando de 12,25% para 13,25% ao ano. Ele também indicou que mais um aumento significativo pode ocorrer na próxima reunião, em março, mas evitou fazer promessas sobre o futuro.
O presidente do Banco Central comentou que é natural que o mercado observe mais de perto os dados econômicos, mas enfatizou a necessidade de cautela na interpretação dessas informações, que podem ser voláteis e sujeitas a interpretações errôneas. A função do Banco Central, segundo ele, envolve o desafio de encontrar o equilíbrio entre informar o governo e não ultrapassar os limites de sua autoridade.
Galípolo, que possui a confiança do presidente, compartilhou a visão de que é possível entregar uma taxa de juros mais baixa quando as condições econômicas permitirem. Em relação à economia global, ele reconheceu uma incerteza significativa, mas acredita que o Brasil possa ser menos afetado por tarifas comerciais impostas pelos Estados Unidos, devido ao fato de que o país não se inseriu completamente nas redes globais de produção durante eventos recentes, como a pandemia e a guerra na Ucrânia.
Recentemente, uma elevação nas tarifas sobre importações de aço e alumínio foi anunciada, baseada, entre outros fatores, no aumento das compras de aço da China pelo Brasil. Galípolo acredita que, devido à posição do Brasil em relação à economia americana, o impacto dessas tarifas pode ser menor do que o imaginado.
Em suma, a abordagem do Banco Central sob a liderança de Galípolo reflete um compromisso com a estabilidade econômica, ao mesmo tempo em que enfrenta os desafios de uma inflação elevada e um cenário internacional incerto. A cautela e a análise rigorosa serão essenciais para navegar nesse período e promover um ambiente econômico mais saudável no futuro.