Florianópolis em Crise: Cidade Enfrenta Emergência após Chuvadas e Caos Generalizado!
Na noite de quinta-feira (16), a prefeitura de Florianópolis declarou estado de emergência em decorrência das intensas chuvas que impactaram a cidade. A decisão foi tomada após o registro de alagamentos, deslizamentos e desabamentos em várias áreas.
O decreto reconhece a anormalidade da situação, uma vez que a capital catarinense acumulou mais de 200 milímetros de chuva nas últimas 24 horas. Isso ativa o Sistema Nacional e Estadual de Proteção e Defesa Civil, permitindo a implementação do Plano Emergencial de Resposta a Desastres. O documento tem validade de 180 dias e também autoriza a convocação de voluntários e outras medidas administrativas para fortalecer as ações de resposta ao desastre.
Durante o dia, a prefeitura contabilizou cerca de 70 ocorrências, com dez deslizamentos e colapsos, além de quatro desabamentos de residências e seis interdições em diversas localidades, incluindo o Centro, o bairro João Paulo, Santo Antônio de Lisboa, Sambaqui e o Rio Vermelho.
A Defesa Civil pediu à população que redobre a atenção, especialmente em áreas de encosta, onde há maior risco de alagamentos e deslizamentos. A prefeitura disponibilizou equipamentos como hidrojatos, caminhões e escavadeiras para auxiliar nas operações de contenção de enchentes.
Na sexta-feira (17), as repartições públicas estarão fechadas ao público, embora serviços essenciais continuem funcionando. Meteorologistas emitiu um alerta vermelho, indicando continuidade das chuvas intensas e temporais em Santa Catarina.
Em relação ao volume de chuva, o bairro Santo Antônio de Lisboa foi o mais afetado, registrando 248 milímetros nas últimas 12 horas. Confira os dados de precipitação nas principais áreas de Florianópolis:
- Carijós: 76 mm em 12h; 77 mm em 24h; 86 mm em 72h.
- Santo Antônio de Lisboa: 248 mm em 12h; 251 mm em 24h; 259 mm em 72h.
- Itacorubi: 99 mm em 12h; 100 mm em 24h; 102 mm em 72h.
- Lagoa da Conceição: 93 mm em 12h; 95 mm em 24h; 95 mm em 72h.
- Armação: 28 mm em 12h; 33 mm em 24h; 34 mm em 72h.
Linhas de ônibus que atendem o Morro da Cruz e conectam o Centro ao Norte da Ilha foram suspensas devido aos alagamentos. Um incidente registrado envolveu um ônibus tombando na Avenida Engenheiro Max de Souza, mas não houve feridos graves.
A situação de emergência também afetou outras cidades de Santa Catarina. Municípios como Balneário Camboriú, Camboriú, Governador Celso Ramos, Tijucas e Biguaçu tomaram medidas similares, embora os impactos variem de acordo com a intensidade das chuvas.
Por exemplo, em Balneário Camboriú, abrigos foram abertos para os moradores e campanhas de arrecadação de recursos foram iniciadas. Já em Camboriú, quase 7 mil casas foram alagadas, afetando cerca de um em cada seis domicílios.
Em Tijucas, a precipitação ultrapassou 300 mm, o que corresponde a mais de um mês de chuvas esperadas para janeiro. Um abrigo foi estabelecido no ginásio municipal para atender as pessoas atingidas.
A situação em Governador Celso Ramos também é crítica, com um aumento significativo no número de chamados ao Corpo de Bombeiros relacionado a pessoas ilhadas.
Diante desse cenário, as autoridades locais continuam mobilizadas para garantir a segurança e assistência aos cidadãos afetados. A recomendação é para que a população permaneça atenta às orientações das autoridades, evitando áreas de risco durante as fortes chuvas. A solidariedade e o apoio comunitário são essenciais para enfrentar este momento desafiador.
As fotos que circulam nas redes sociais mostram a gravidade da situação. Elas capturam ruas alagadas, carros submersos e os impactos diretos da tempestade na cidade e em seus arredores. O período de chuvas intensas traz à tona a importância de medidas preventivas e um plano de emergência eficaz, que ajudem a mitigar os danos e proteger a vida dos cidadãos.