
Fazenda Atualiza Previsões: Inflação em Alta para 2025 e 2026, PIB Esperado em 2,3% Este Ano!
O Ministério da Fazenda do Brasil atualizou suas previsões de inflação para os anos de 2025 e 2026, levando em conta uma série de fatores econômicos, mas mantendo as expectativas de crescimento do país inalteradas para esses períodos. Nesta quarta-feira, a Secretaria de Política Econômica (SPE) divulgou informações importantes sobre as novas projeções.
Para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que serve como referência para a inflação no país, a previsão para o fechamento de 2025 foi elevada de 4,8% para 4,9%. Já para 2026, a expectativa subiu de 3,4% para 3,5%. A SPE explicou que essas alterações foram provocadas por pequenas mudanças no cenário econômico, destacando um esperado arrefecimento nos preços dos alimentos, estabilidade nas tarifas de serviços e um aumento nos preços dos bens industriais até o fim deste ano.
Além disso, em fevereiro, o IPCA registrou uma alta de 5,06% no acumulado dos últimos doze meses, marcando a primeira vez desde setembro de 2023 que a taxa de inflação superou os 5%. A SPE também mencionou que as recentes iniciativas do governo para controlar o aumento dos preços dos alimentos podem contribuir para uma melhoria nas previsões inflacionárias. O governo anunciou a isenção da alíquota de importação sobre uma série de produtos alimentícios, como carne, café, açúcar e milho, como parte de um esforço mais amplo para reduzir os custos desses itens. Essa medida começou a valer na última sexta-feira.
O dólar também tem mostrado tendência de desvalorização em relação ao real, com uma queda acumulada na ordem de 8% até agora, reflexo de uma forte perda da moeda norte-americana nos mercados internacionais. No início desta quarta-feira, o valor do dólar à vista foi cotado a R$5,6815.
Para os anos seguintes, especialmente a partir de 2027, a expectativa é de que o IPCA se aproxime do centro da meta estabelecida pelo Banco Central, que é de 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Isso indica um cenário de inflação mais controlada, o que pode contribuir para uma maior estabilidade econômica.
A SPE também observou que a situação internacional apresenta um panorama um pouco mais certo nos últimos meses, com foco nas políticas dos Estados Unidos, que têm gerado tensões comerciais e geopolíticas. Essas políticas incluem tarifas de importação, cortes de pessoal e restrições à imigração, que aumentam a incerteza e a volatilidade nos mercados. O aumento do protecionismo global pode pressionar a inflação, embora o impacto negativo dessa incerteza também possa influenciar as atividades econômicas.
Em termos de crescimento econômico, a Secretaria manteve a projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2,3% para este ano e 2,5% para 2026. A SPE destacou que a desaceleração da atividade econômica esperada se deve à diminuição dos estímulos nos mercados de crédito e de trabalho, a uma política monetária contracionista e às incertezas externas.
Por último, o Comitê de Política Monetária (Copom) deve anunciar sua próxima decisão sobre a taxa de juros nesta quarta-feira, com a expectativa de que os membros aumentem a Selic em 1 ponto percentual, alcançando 14,25% ao ano, com base nas indicações anteriores da autarquia. Essa decisão terá implicações significativas para a economia do país, especialmente com relação ao crédito e ao consumo.
Essas atualizações econômicas refletem um momento de transição e ajustes no Brasil, com o governo adotando medidas para estabilizar a inflação e fomentar um crescimento sustentável no longo prazo. O acompanhamento dessas projeções e decisões será fundamental para entender como a economia brasileira se comportará nos próximos anos.