
Escândalo no Vaticano: Conheça Angelo Becciu, o cardeal que desafia Francisco em meio ao conclave!
Giovanni Angelo Becciu, um cardeal de 76 anos, é uma figura polêmica que tem estado no centro de várias controvérsias judiciais no Vaticano nos últimos anos. Conhecido por sua longa trajetória dentro da Igreja, Becciu foi ordenado padre em 1972 e participou de um serviço diplomático extenso, representando o Vaticano em países como Angola, Cuba e Estados Unidos. Em 2018, ele foi nomeado cardeal pelo Papa Francisco e, em 2019, tornou-se prefeito da Congregação para as Causas dos Santos.
Apesar de sua carreira brilhante, Becciu se viu envolto em acusações sérias, incluindo nepotismo, corrupção e o uso ilícito de fundos de doações da Igreja. Um dos escândalos mais notórios a ele associados foi o uso de recursos destinados ao Óbulo de São Pedro, um sistema de arrecadação de donativos, para a compra de um imóvel em Londres. Essas alegações culminaram em um julgamento que durou mais de dois anos e incluiu 86 audiências. Em 2023, Becciu foi condenado a cinco anos e meio de prisão e multado em 8 mil euros, além de ser declarado inelegível para cargos públicos.
O cardeal, que sempre sustentou sua inocência, afirmou que as doações não foram utilizadas para a aquisição do edifício em Londres. A acusação alegou que, na época, Becciu ocupava uma posição de destaque na Secretaria de Estado do Vaticano, responsável pela gestão desses fundos.
Durante as investigações, outros indivíduos também foram processados por práticas como fraude e lavagem de dinheiro. Uma das figuras notáveis neste caso foi Cecilia Marogna, uma consultora de segurança contratada por Becciu. Ela foi acusada de desviar verbas que deveriam ser usadas para resgatar religiosos sequestrados e, em vez disso, usou o dinheiro em gastos pessoais, como estadias em hotéis de luxo.
O processo contra Becciu incluiu revelações de conversas telefônicas, inclusive uma com o Papa Francisco, em que o cardeal buscava confirmar o apoio do Pontífice a movimento financeiros controversos. A gravação, realizada sem consentimento, expôs uma tentativa de Becciu de legitimar ações financeiras suspeitas, o que levantou mais questões sobre sua moralidade e integridade como líder religioso.
Agora, com a recente morte do Papa Francisco, Becciu está buscando retomar um papel na hierarquia da Igreja. Ele expressou sua intenção de participar do próximo conclave, que terá a responsabilidade de eleger um novo Papa. Becciu argumenta que, pelo fato de o Papa ter mantido seu título de cardeal, ele tem o direito de votar. Com isso, ele tenta voltar à cena e ressurgir como uma figura influente, apesar de sua condenação e das acusações que pesam sobre ele.
Enquanto o conclave se aproxima, a Congregação Geral dos Cardeais terá que decidir sobre a reivindicação de Becciu de participar da votação. Suas intenções de voltar ao poder podem criar um clima tenso e controverso durante este processo, dado o seu histórico.
Essa situação ressalta não apenas as complexidades internas da Igreja Católica, mas também o impacto que escândalos financeiros podem ter em sua imagem e credibilidade. A esperança agora é de que, independentemente de sua participação, o novo Papa possa liderar a Igreja em um caminho mais transparente e moralmente íntegro, recuperando a confiança dos fiéis ao redor do mundo.