O acordo firmado para a construção de creches em parceria com o São Paulo Futebol Clube estabelecia que o clube seria responsável pelas obras, que deveriam ser realizadas em terrenos indicados e cedidos pela Prefeitura. No entanto, até o momento, a administração municipal não disponibilizou as áreas necessárias.
Uma das localidades propostas, situada no Grajaú, pertence ao Governo do Estado e ainda não foi transferida para a Prefeitura. Outra área, que ficaria em São Mateus, havia sido comprometida para um projeto de habitação popular. Apesar disso, o São Paulo já elaborou os projetos das creches e os encaminhou para aprovação da municipalidade.
O Ministério Público reconheceu a lentidão da Prefeitura em fornecer os terrenos, mas ressalta que essa demora não isenta o clube de suas responsabilidades. De acordo com o órgão, a falta de ação da administração pública, intencional ou não, prejudica a comunidade, já que as áreas públicas que poderiam ser utilizadas para a construção de serviços essenciais, como escolas e postos de saúde, estão sendo destinadas a interesses privados e econômicos do clube.
Em resposta a solicitações de comentários, o São Paulo Futebol Clube informou que está em diálogo com a Prefeitura para assegurar que todas as contrapartidas do acordo sejam cumpridas. Até o fechamento desta reportagem, a Prefeitura não havia se pronunciado sobre a situação, e eventuais atualizações serão divulgadas assim que disponíveis.
Esse impasse destaca a importância da colaboração entre instituições públicas e privadas em projetos que visam atender demandas sociais. A construção das creches é fundamental para proporcionar mais oportunidades e cuidados para as crianças nas comunidades, e a resolução desse problema é essencial para garantir que esses espaços sejam rapidamente disponibilizados.
