
Emprego em Alta: Renda Familiar Cresce e Desigualdade Diminui!
Recentemente, foi anunciado que a renda domiciliar per capita no Brasil registrou um crescimento de 9,3% em 2024, segundo dados de instituições de pesquisa. Essa notícia é um indicativo promissor da possibilidade de um crescimento econômico mais inclusivo no país, refletindo uma redução na desigualdade de renda, um fenômeno positivo após o impasse observado em 2023, quando a desigualdade havia permanecido estável, mesmo em um contexto de crescimento da renda.
Economistas têm analisado os dados com otimismo, especialmente considerando que, em um período em que os índices de inflação e o dólar estavam elevados, o rendimento médio da renda domiciliar per capita, já ajustado pela inflação, aumentou 7,08% no último trimestre de 2024 em comparação ao mesmo período do ano anterior. No Nordeste, esse aumento foi ainda mais significativo, chegando a 13%.
É importante ressaltar que esse indicador se refere exclusivamente à renda proveniente do trabalho, seja essa formal ou informal, o que representa uma métrica efetiva para avaliar a qualidade do crescimento econômico. Não estão inclusos benefícios sociais, como os do Bolsa Família, o que torna esse crescimento um sinal forte da dinâmica do mercado de trabalho.
A análise sugere que, apesar de o crescimento da renda não ter sido tão robusto quanto em 2023, ele superou o crescimento do PIB e resultou em uma redução concreta da desigualdade. Quando observamos os números reais, a renda média por pessoa cresceu 4,7%. Para a metade da população que é mais pobre, a renda do trabalho teve um crescimento expressivo de 10,7% em 2024, enquanto que para a classe média, representada pela classe C, o aumento foi de 8,7%. Por outro lado, o rendimento dos 10% mais ricos teve uma elevação de 6,7%.
Fatores como a redução do desemprego desempenharam um papel crucial nessa melhora. Aproximadamente 3,9 pontos percentuais do crescimento da renda dos mais pobres foram atribuídos à diminuição do desemprego, além de outros fatores, como o aumento da jornada de trabalho e a crescente participação da população no mercado de trabalho.
Os especialistas consideram esses dados encorajadores, pois demonstram que a melhora na renda não é apenas resultado de programas sociais, mas também do desempenho positivo do mercado de trabalho. Entretanto, para 2025, a expectativa exige um olhar cauteloso, uma vez que o mercado de trabalho ainda não apresenta sinais de arrefecimento, mesmo com a elevação da taxa básica de juros, que tende a ter um impacto mais demorado na economia.
O aumento real da renda por pessoa de 4,7% em 2024 reflete um crescimento das rendas familiares que superou o crescimento da atividade econômica, cuja previsão gira em torno de 3,5% do PIB. Esse avanço é, em grande medida, impulsionado pelo aumento do emprego, diferentemente de 2023, quando o Bolsa Família foi um fator primordial na elevação da renda das famílias.
Apesar do progresso na renda per capita, é essencial reconhecer os riscos de uma desaceleração no emprego, especialmente devido à manutenção da taxa de juros elevada, uma estratégia adotada para controlar a inflação. Para o Brasil recuperar uma posição de destaque na média global, será necessário um crescimento acima do padrão global, uma vez que o país já ultrapassou essa média em anos anteriores, mas, devido a crises econômicas, perdeu terreno.
As projeções indicam uma melhoria no PIB per capita nos próximos anos, embora a produtividade, sem prejuízo para o emprego, seja considerada a melhor estratégia para sustentar esse crescimento. Portanto, o foco em elevar a produtividade é vital para alcançar um progresso econômico sustentável e bem distribuído.
Em resumo, os dados revelam um cenário alentador para a renda e a desigualdade no Brasil, com avanços importantes sendo impulsionados pelo mercado de trabalho e a redução de fatores negativos, como o desemprego. A combinação de políticas sociais bem direcionadas e um mercado de trabalho dinâmico poderá continuar a promover um crescimento econômico mais inclusivo e equilibrado no futuro.