Eduardo Bolsonaro surpreende e anuncia mudança para os EUA: o que leva um deputado a deixar o Brasil?

O deputado federal Eduardo Bolsonaro, do PL de São Paulo e filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, anunciou recentemente que se licenciou de seu cargo na Câmara dos Deputados e mudou-se para os Estados Unidos. Em um vídeo publicado em suas redes sociais, ele explicou que essa decisão foi motivada por uma suposta perseguição que ele e seu pai estariam enfrentando no Brasil.

Durante a gravação, Eduardo mencionou a possibilidade de o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinar a sua prisão e comentou sobre o pedido de apreensão de seu passaporte feito por deputados da oposição. Apesar do turbilhão político, importante ressaltar que ele não foi indiciado ou denunciado pela Procuradoria-Geral da República na investigação relacionada a eventos ocorridos em janeiro. O único caso em trâmite no STF é a análise do pedido de apreensão do passaporte, que ainda não foi apreciado.

Em relação ao seu afastamento, Eduardo afirmou que seu tempo nos Estados Unidos será dedicado a lutar pela anistia das pessoas presas em decorrência da tentativa de golpe no dia 8 de janeiro de 2023. Ele declarou que só retornará ao Brasil quando considerar que houve uma punição ao ministro Moraes, que ele acusa de abuso de autoridade.

Eduardo também era cotado para presidir a Comissão de Relações Exteriores da Câmara, uma posição que lhe permitiria promover uma relação mais próxima com o governo americano. Com seu afastamento, o deputado Luciano Zucco foi indicado para ocupar essa vaga, embora ainda não se saiba definitively quem assumirá sua posição na comissão.

A decisão de Eduardo pegou a liderança do PL de surpresa. O vice-presidente da Câmara e ex-líder do partido mostrou apoio à sua escolha, destacando que foi uma decisão pessoal e corajosa. Além disso, reconheceu que a posição de Eduardo como presidente da comissão poderia aumentar sua influência na defesa de seu pai em fóruns internacionais.

Eduardo esclareceu que, apesar de sua nova situação, continuará a buscar abrir portas para dialogar sobre as questões que considera relevantes, destacando que já estava nos EUA quando o pedido de apreensão de seu passaporte foi feito pelos deputados da oposição.

Por fim, vale mencionar que a movimentação política em torno da comissão não se limita ao PL e inclui interesses de outros partidos, como o PT, que também demonstrou interesse na presidência de comissões na Câmara. O contexto político atual continua bastante dinâmico conforme as legendas tentam estruturar suas posições dentro do Parlamento.

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