
A recente demissão de Dorival Júnior como treinador da Seleção Brasileira trouxe repercussões em diversos clubes, especialmente no São Paulo e no Santos. Tanto a equipe do Morumbi quanto a do Santos não estão totalmente satisfeitas com o desempenho de seus técnicos, Zubeldía e Pedro Caixinha, respectivamente.
Dorival, que tem 62 anos, expressou seu desejo de retornar rapidamente ao futebol, afirmando que quer provar sua capacidade em um novo clube. Sua demissão foi inesperada, uma vez que ele acreditava na promessa do presidente da CBF de que permaneceria até a Copa do Mundo. Essa conversa ocorreu em dezembro de 2023 e foi reafirmada em janeiro de 2024, quando deixou o São Paulo.
Percepções sobre o desconforto de Dorival na Seleção eram visíveis, derivadas de diversos fatores, incluindo a falta de tempo para treinar e a distância dos jogadores que atuam na Europa. A CBF não concorda em seguir o modelo argentino, onde o técnico Lionel Scaloni tem acesso contínuo aos jogadores que atuam no Velho Continente. Ednaldo Rodrigues, presidente da CBF, desejava contar com Dorival em sua equipe, mas principalmente para viagens de observação.
A demissão de Dorival pode representar uma oportunidade, pois ele está livre para assumir um novo clube imediatamente. As diretorias do São Paulo e do Santos estão atentas a essa situação, uma vez que ele agora é visto como uma ameaça para os atuais treinadores. O movimento é incomum, já que normalmente são técnicos estrangeiros que se veem sob pressão diante de profissionais locais.
No São Paulo, a confiança em Zubeldía é ambivalente. Apesar de ter levado a equipe à Libertadores e ter recebido novos reforços, o time tem enfrentado dificuldades, apresentando um desempenho inconsistente que preocupa a torcida. A mensagem da Federação Paulista, reconhecendo erros de arbitragem que prejudicaram o clube em competições, ajudou a amenizar um pouco a pressão sobre o técnico.
No Santos, a situação não é muito diferente, com a crença crescente entre conselheiros de que Dorival poderia ser uma solução viável. Ele possui um histórico positivo na Vila Belmiro, onde já conquistou títulos importantes, e mantém boas relações com figuras como o presidente e até com o craque Neymar. No entanto, Pedro Caixinha ainda está se estabelecendo no clube, precisando de bons resultados, principalmente se Neymar decidir continuar.
Ambos os técnicos em atividade, Zubeldía e Caixinha, sentem a pressão de desempenhar bem nas primeiras rodadas do Campeonato Brasileiro. Com Dorival fora da Seleção, ele se torna uma opção atrativa para clubes que buscam reforçar suas comissões técnicas, deixando claro que sua saída pode otimizar o cenário para várias equipes no cenário atual do futebol brasileiro.