
Dólar Surpreende e Sobe 1%: Confira o Novo Valor de R$ 5,85 e os Fatores que Impactam o Mercado!
Na segunda-feira, o dólar à vista teve um aumento significativo de 1,13%, fechando a R$ 5,8549. Essa valorização é atribuída aos ganhos da moeda americana em relação a outras divisas emergentes, uma consequência do receio dos investidores diante de possíveis recessões na economia dos Estados Unidos.
Às 17h02, na B3, o contrato de dólar futuro com vencimento mais próximo estava cotado a R$ 5,881, também em alta de 1,15%.
Cotações do Dólar
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Dólar Comercial:
- Compra: R$ 5,854
- Venda: R$ 5,854
- Dólar Turismo:
- Compra: R$ 5,836
- Venda: R$ 6,016
O mercado global se mostrou mais preocupado com a situação econômica dos EUA, especialmente após a divulgação de dados que não atenderam às expectativas. Um exemplo é o relatório de emprego de fevereiro, que revelou a criação de 151.000 empregos, abaixo das projeções que estimavam 160.000 novas vagas. O número de postos de trabalho em janeiro também foi revisado para baixo, o que gerou ainda mais incerteza entre os investidores.
Além disso, pesquisas recentes indicaram uma piora na confiança de consumidores e empresários, resultado das crescentes tensões comerciais. Comentários feitos pelo presidente dos EUA durante o fim de semana contribuíram para esse clima de incerteza. Em uma entrevista, ele mencionou que os EUA passariam por um "período de transição" devido a novas tarifas impostas a parceiros comerciais, mas não confirmou se essas medidas levariam a uma recessão.
Essas declarações aumentaram a aversão ao risco no mercado, resultando na elevação do dólar em relação a outras moedas, como o peso mexicano e o rand sul-africano. Às 17h11, o índice do dólar — que mede o desempenho da moeda americana frente a uma cesta de outras moedas — subia 0,25%, alcançando 103,930.
Os analistas alertam que moedas emergentes, como o real, estão particularmente vulneráveis em momentos de estresse econômico. Um analista do setor apontou que muitos investidores estão liquidando ativos de risco devido à possibilidade de uma recessão nos EUA, somada às incertezas acerca da situação econômica interna.
No cenário doméstico, o mercado continua cauteloso quanto ao futuro das contas públicas. Os investidores estão atentos às medidas que o governo pode tomar para controlar a inflação dos alimentos e ao impacto de recentes decisões de política econômica. O governo anunciou uma redução nas tarifas de importação de vários itens essenciais, como carne, café e milho, na tentativa de conter os preços.
Além disso, o Banco Central também agiu, promovendo a venda de contratos de swap cambial com o objetivo de rolar vencimentos, demonstrando o empenho em manter a estabilidade cambial.
Em resumo, o aumento do dólar reflete uma combinação de fatores, como a preocupação com a economia americana e a resposta dos mercados a essas incertezas, além de medidas políticas a nível doméstico. Os envolvidos no mercado permanecem atentos às próximas movimentações das autoridades financeiras e suas possíveis repercussões.