Dólar em queda: commodities impulsionam, mas tarifas dos EUA ainda são uma preocupação!

Nesta segunda-feira (10), o dólar à vista apresentou uma leve queda em relação ao real, após uma abertura positiva. Os investidores estão avaliando o impacto dos novos planos tarifários anunciados pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que acentuaram as tensões no comércio global.

O aumento nos preços do petróleo e do minério de ferro está contribuindo para um influxo de fluxo comercial no mercado à vista, ajudando na recuperação do real, especialmente após notícias sobre um possível aumento da inflação na China.

Cotação do Dólar Hoje

Às 11h52, a cotação do dólar à vista era de R$ 5,790 para compra e R$ 5,791 para venda, apresentando uma queda de 0,04%. No mercado de futuros da B3, o contrato de dólar futuro com primeiro vencimento recuava 0,31%, alcançando 5.812 pontos. O Banco Central também anunciou a realização de um leilão de até 15.000 contratos de swap cambial tradicional para a rolagem do vencimento de 5 de março de 2025.

Cotação do Dólar Comercial

  • Compra: R$ 5,790
  • Venda: R$ 5,791

Cotação do Dólar Turismo

  • Compra: R$ 5,817
  • Venda: R$ 5,997

Contexto do Mercado

Trump confirmou que anunciará novas tarifas de 25% sobre todas as importações de aço e alumínio para os EUA ainda nesta segunda-feira, além de tarifas recíprocas que devem entrar em vigor rapidamente, equiparando-se às taxas de outros países sobre os produtos americanos. Este anúncio é o mais recente dentro de sua política comercial, seguindo a implementação de tarifas sobre produtos do México, Canadá e China.

As tarifas sobre metais podem impactar as exportações de vários parceiros comerciais dos Estados Unidos, como Brasil, Japão e União Europeia, que são grandes produtores dos materiais afetados. Entretanto, as tarifas recíprocas ainda geram incerteza, uma vez que não foram fornecidos detalhes claros sobre quais países serão alvo dessas medidas.

De acordo com analistas, a expectativa de novas tarifas está pressionando a moeda brasileira, tornando-a mais instável. Em um ambiente de medo de possíveis repercussões, o dólar tem se valorizado diante de outras moedas emergentes, incluindo o peso mexicano e o peso chileno.

Os investidores estão também atentos ao potencial efeito inflacionário das medidas anunciadas por Trump, que poderia levar o Federal Reserve a manter altas as taxas de juros por um período mais prolongado. Isso torna os ativos americanos mais atraentes para investidores internacionais, contribuindo para a valorização do dólar.

Além disso, no âmbito nacional, foi divulgada a pesquisa Focus do Banco Central, que sinalizou um aumento nas projeções para a inflação brasileira em 2025 e 2026. A nova expectativa para o IPCA ao final de 2023 é de uma alta de 5,58%, um leve aumento em relação ao que foi registrado anteriormente. Para 2026, a previsão é de que a inflação se mantenha em torno de 4,30%.

Os investidores também aguardam a divulgação de dados do IPCA referente ao mês de janeiro, com expectativa de que a alta dos preços desacelere para 0,14% em comparação ao avanço de 0,52% registrado em dezembro.

Com estes fatores em mente, o mercado continua a se mover rapidamente, com os participantes sempre em busca de informações que possam influenciar suas decisões de investimento.

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