Dólar Despenca 0,75% e Fecha em R$ 5,70: Novidades da Ata do Copom e Tarifas dos EUA Agitam o Mercado!

Na terça-feira, o dólar brasileiro encerrou o dia em queda, marcando uma pausa em sua sequência de altas, com cotação ao redor de R$ 5,70. Essa movimentação ocorreu em resposta à divulgação da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) e a um recuo da moeda americana também em mercados internacionais.

Os investidores estão atentos à possível flexibilização de novas tarifas adicionais às importações dos Estados Unidos, que devem começar a vigorar em 2 de abril. Recentemente, o presidente americano anunciou tarifas de 25% sobre importações provenientes de países que compram petróleo e gás da Venezuela, o que tende a impactar o preço do petróleo. Além disso, ele mencionou que pretende anunciar mais tarifas em breve sobre produtos como carros, aço, alumínio e farmacêuticos.

Os comentários do ministro da Fazenda também foram analisados pelo mercado. Ele lamentou que a recente reforma tributária aprovada no Congresso tenha aumentado as exceções para o pagamento de impostos. Haddad acredita que essa questão pode ser reavaliada até 2032, ano em que o prazo de transição da reforma se encerrará.

Na parte da manhã, o Copom divulgou a ata de sua última reunião, onde decidiu aumentar a taxa Selic em 100 pontos-base, elevando-a para 14,25% ao ano. O documento indicou que um novo aumento pode ocorrer em maio, embora em menor intensidade. A ata destacou que a incerteza econômica permanece alta e que o ciclo de alta de juros ainda não está completo. O Banco Central enfatizou que o cenário de inflação é desafiador, o que justifica uma política monetária restritiva por um período prolongado.

A análise da ata revelou que o documento foi considerado “hawkish”, ou seja, preocupado com a inflação, o que contribuiu para a queda do dólar em relação ao real. Especialistas notaram que o conteúdo da ata levou o mercado a ajustar suas posições em relação ao dólar, resultando em um fluxo positivo de capital no Brasil.

Com a Selic mais elevada, o diferencial de juros em relação a outros países aumenta, tornando o Brasil mais atraente para investidores, o que ajuda a valorizar a moeda local. Além das influências internas, o câmbio brasileiro também foi afetado pela desvalorização do dólar em relação a outras moedas no mercado internacional.

Atualmente, a cotação do dólar comercial ficou em R$ 5,708 para compra e R$ 5,709 para venda, com o contrato de dólar futuro na B3 apresentando uma queda de 0,94%. Na segunda-feira anterior, o dólar havia fechado em R$ 5,7528.

O dólar turismo, por sua vez, apresenta cotações de R$ 5,744 na compra e R$ 5,924 na venda. Assim, o cenário atual aponta para uma certa volatilidade nas cotações, reflexo de uma combinação de fatores internos e externos.

Investidores e analistas continuam a monitorar essas mudanças, buscando entender o impacto das decisões da política monetária e das tarifas internacionais sobre a economia brasileira e a cotação do dólar.

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