Desvendando os Gastos do Rio: Tribunal de Justiça Supera Educação em 2024!
Em 2024, os gastos com pessoal do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) atingiram a impressionante cifra de R$ 3,5 bilhões. Essa quantia inclui salários e ressarcimentos e é associada a uma força de trabalho composta por 663 juízes, 210 desembargadores e 12.768 servidores.
Comparando com o setor de Educação, que é o que possui o maior quadro de servidores do estado, os números revelam disparidades interessantes. A Secretaria de Educação conta com cerca de 62 mil servidores, entre professores e outros profissionais, e seu gasto total com salários foi de R$ 2,9 bilhões de fevereiro a dezembro de 2024. Isso significa que, apesar de ter quatro vezes mais servidores, a Educação gastou R$ 600 milhões a menos que o Judiciário.
Além disso, em 2020, o TJ-RJ também apresentou despesas superiores às da Secretaria de Educação, com um gasto de R$ 4,2 bilhões, enquanto a Educação havia gasto R$ 3,9 bilhões no mesmo período.
Um especialista em Administração destacou que o custo elevado do Judiciário se deve não apenas ao número de funcionários, mas, principalmente, aos altos salários, que são significativamente superiores aos praticados nas outras esferas do governo. Isso levanta um questionamento sobre a sustentabilidade desses modelos de remuneração no setor público.
Por fim, os cargos com as remunerações mais altas no tribunal estão entre os mais elevados do estado. Embora a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) e o Tribunal de Contas do Rio de Janeiro (TCE-RJ) tenham tetos salariais que apenas ligeiramente superam os do TJ-RJ, ainda assim, a diferença é notável e merece ser analisada no contexto das contas públicas.
Esses dados ressaltam a necessidade de um debate contínuo sobre a eficiência dos gastos públicos e as prioridades na alocação de recursos, em especial entre setores tão cruciais como Justiça e Educação.
