
O Flamengo e o Palmeiras apresentaram suas demonstrações financeiras para 2024, revelando um aumento considerável em suas dívidas. Enquanto o Palmeiras, impulsionado pela venda de jogadores, registrou um faturamento bastante próximo ao do Flamengo, o cenário financeiro se mostrou complicado para o clube carioca, que registrou um déficit pela primeira vez desde 2020.
O Palmeiras obteve uma receita operacional bruta de aproximadamente R$ 1,274 bilhão, enquanto o Flamengo alcançou R$ 1,334 bilhão. Um dos destaques financeiros do Palmeiras foi o superávit de quase R$ 200 milhões, em contraste com o Flamengo, que teve um déficit de R$ 1 milhão. A sólida performance do Palmeiras se deve, em grande parte, ao lucro obtido com a venda de atletas, que totalizou R$ 440,3 milhões.
A seguir, é possível comparar as principais fontes de receita de ambos os clube:
Direitos de TV e premiações em campeonatos:
- Palmeiras: R$ 234,2 milhões
- Flamengo: R$ 453,5 milhões
Patrocínios, licenciamentos e royalties:
- Palmeiras: R$ 179,6 milhões
- Flamengo: R$ 417,7 milhões
Bilheteria, estádio e sócio-torcedor:
- Palmeiras: R$ 127 milhões
- Flamengo: R$ 243,5 milhões
Venda de jogadores:
- Palmeiras: R$ 440,3 milhões
- Flamengo: R$ 107 milhões
Embora ambos os clubes tenham apresentando uma poderosa receita, eles também enfrentam um aumento acentuado em suas dívidas. A dívida do Flamengo cresceu de R$ 48 milhões em 2023 para R$ 327 milhões em 2024, reflexo dos investimentos em novos jogadores e da aquisição do terreno para a construção de um novo estádio.
Por outro lado, o Palmeiras viu seus débitos saltarem de R$ 571 milhões para R$ 852 milhões. O clube divide sua dívida entre "histórica e operacional", e as dívidas históricas aumentaram de R$ 53 milhões para R$ 125 milhões, atribuídas a parcelamentos de débitos antigos. Já as dívidas operacionais pularam de R$ 518 milhões para R$ 727 milhões, um aumento que se justifica pelo maior investimento na contratação de jogadores e por compromissos financeiros que afetaram o fluxo de caixa.
Esses dados financeiros revelam um cenário onde, apesar do sucesso em termos de faturamento, os clubes precisam ficar atentos ao crescimento das dívidas, uma questão que demandará uma gestão cuidadosa nos próximos anos. Ambos os clubes, que são considerados os mais ricos do Brasil, terão desafios pela frente para equilibrar suas contas e garantir um futuro sustentável.