
Desespero na Escola: Criança Ingeriu Cocaína e Pai Revela ‘Acordou Feverendo’
Na tarde de sexta-feira, 21 de março, um incidente preocupante ocorreu em uma escola municipal de Itamonte, no Sul de Minas. Aproximadamente 20 crianças, com idades entre quatro e cinco anos, ingeriram acidentalmente cocaína que uma colega, também de quatro anos, ofereceu a elas, acreditando que se tratava de um doce.
De acordo com informações da Polícia Militar, as crianças foram prontamente levadas para atendimento médico, onde foram avaliadas e posteriormente liberadas para suas famílias. A substância foi apreendida e, após análise, foi confirmada como cocaína.
Um dos pais, Matheus Silva, expressou sua apreensão ao relatar que sua filha foi uma das crianças que ingeriu a droga. Em uma declaração, ele compartilhou que sua filha recebeu um papelote de uma colega e, acreditando se tratar de um doce, colocou na boca e engoliu. Felizmente, a menina não apresentou reações adversas. Matheus comentou que, embora tenha acordado com febre no dia seguinte, ele acredita que a criança estava mais impactada pela situação do que pela ingestão da substância.
Após a notificação sobre a ingestão da droga, a direção da escola contatou os pais informando que tinham encontrado um envelope com pó branco na mochila de uma das crianças. Ao chegarem à escola, os pais foram recebidos pela direção, conselheiros tutelares e a polícia, que recomendaram que as crianças fossem levadas a um hospital para exames. Todos, exceto dois dos exames, mostraram resultados negativos para substâncias tóxicas. Os pais ainda estão na expectativa de mais informações sobre os resultados inconclusivos.
O incidente teve início quando uma professora percebeu que duas alunas discutiam sobre o “papelzinho” que uma colega havia oferecido. Ao perguntar o que havia no pacote, a professora notou que se tratava de algo semelhante a um papelote de droga. A professora, então, recuperou o objeto e começou a investigar a origem.
Durante a busca, encontrou mais pacotes na mochila da criança e sob a cadeira da sala de aula. No total, foram localizados sete pacotes lacrados e outros parcialmente abertos. O pai da criança foi ao colégio antes da chegada da polícia e, após um desentendimento, retirou a criança da escola e deixou o local. Ele foi chamado à delegacia, onde assinou um termo circunstancial e foi liberado.
As autoridades tentaram localizar e prender o pai, mas até o momento, não havia conseguido encontrá-lo. A situação gerou grande preocupação não apenas entre os pais, mas também na comunidade escolar, que agora busca entender como um incidente tão grave poderia acontecer e quais medidas podem ser tomadas para evitar que situações semelhantes se repitam no futuro.
Esse incidente traz à tona a importância da comunicação entre escola e família, bem como a necessidade de conscientização sobre os perigos das drogas, mesmo em contextos que parecem inofensivos, como o ambiente escolar. A segurança das crianças é uma prioridade, e a colaboração entre os responsáveis, educadores e autoridades é fundamental para garantir ambientes seguros e saudáveis para o desenvolvimento das crianças.