
Descubra Por Que o Rastreamento do Câncer de Mama Deve Começar aos 40 Anos!
A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) anunciou, após uma reunião com diversas organizações e entidades médicas, que os planos de saúde devem começar a monitorar o câncer de mama em mulheres a partir dos 40 anos. Essa iniciativa é parte do Oncorede, um programa que visa certificar boas práticas no atendimento oncológico. Importante mencionar que a participação das operadoras de planos de saúde nesse programa é voluntária.
Embora essa nova diretriz não altere a cobertura obrigatória já existente, que exige que as operadoras cubram a mamografia bilateral em qualquer idade mediante indicação médica, ela estabelece novos parâmetros para a rastreabilidade do câncer de mama. Atualmente, a mamografia digital é obrigatória para mulheres de 40 a 69 anos, e o novo indicador de rastreamento é uma resposta às solicitações das entidades presentes na reunião, que pediram a inclusão de mulheres de 40 a 70 anos no acompanhamento de cuidados.
Para que uma operadora obtenha a certificação de boas práticas, ela deve oferecer rastreamento individualizado para mulheres com idades entre 40 e 74 anos, seguindo a indicação médica sobre quando e com que frequência os exames devem ser realizados. Além disso, as operadoras que buscam essa certificação têm a responsabilidade de manter um rastreamento preventivo a cada dois anos para mulheres de 50 a 69 anos e fornecer acompanhamento individualizado para mulheres de qualquer idade que estejam em grupos de risco elevado para a doença.
As diretrizes do programa deixam claro que, conforme as normas da ANS, nenhuma operadora pode se recusar a cobrir a mamografia quando houver uma solicitação médica.
Entidades importantes no setor, como o Colégio Brasileiro de Radiologia, a Sociedade Brasileira de Mastologia, e a Associação Médica Brasileira, entre outras, participaram da reunião e se comprometeram a orientar médicos a preencher adequadamente as guias da TISS (Troca de Informação em Saúde Suplementar). Essa ação tem como objetivo identificar e analisar dados sobre a incidência de câncer de mama nos planos de saúde.
Essa nova abordagem representa um avanço significativo na forma como os planos de saúde lidam com a detecção precoce do câncer de mama, promovendo um cuidado mais efetivo e personalizado para as beneficiárias.