Descubra por que o Brasil é o 4º no ranking de barreiras não tarifárias e o que isso significa para a economia!

Um recente estudo revelou que a maioria dos produtos importados pelo Brasil enfrenta barreiras não tarifárias, um fenômeno que limita a entrada desses produtos no mercado. De acordo com a pesquisa, cerca de 86,4% das importações brasileiras são afetadas por normas que regulam a importação, colocando o Brasil na quarta posição mundial em relação a esse tipo de restrição.

A Argentina se destaca como o país com o maior percentual de produtos importados sob regulamentações, atingindo 94,6%. Na sequência, aparecem a União Europeia (94,3%) e o Canadá (88,6%), enquanto o Brasil ocupa a quarta posição. Os Estados Unidos e o Japão seguem logo em seguida, com 77,4% e 76,2% de produtos importados enfrentando restrições, respectivamente.

Essas barreiras não tarifárias são compostas por diversas regulamentações, que podem incluir normas sanitárias, processos alfandegários e medidas fitossanitárias, entre outros. Elas têm como objetivo proteger a produção local contra a concorrência internacional, mas também podem resultar em custos adicionais e complicações para os importadores.

O estudo também sugere que as práticas regulatórias do Brasil podem ser levadas em conta pelos Estados Unidos em suas políticas comerciais. Isso é especialmente relevante no contexto de uma política de “reciprocidade de tarifas” proposta pelo governo americano.

Para chegar a esses dados, foi utilizada uma plataforma de comércio do Banco Mundial, que quantificou o valor das importações de cada país em relação às normas que limitam a aquisição de produtos. O estudo destaca que os entraves impostos pelo Brasil aos produtos americanos são significativos, criando uma percepção de que existem práticas protecionistas em vigor.

Além disso, o estudo comparou as tarifas aplicadas em importações entre os dois países, encontrando que o Brasil impõe uma taxa média de 5,8% sobre produtos dos EUA, enquanto a tarifa americana sobre os produtos brasileiros é de apenas 1,3%. Essa diferença pode ter um impacto econômico considerável, estimado entre 2 bilhões a 3 bilhões de dólares, caso os EUA decidam adotar medidas de reciprocidade em resposta às barreiras existentes.

Assim, a situação atual das importações no Brasil revela uma complexa rede de regulamentações que não apenas influencia a economia interna, mas também molda as relações comerciais do país com outras nações. As implicações dessas barreiras e a possibilidade de mudanças nas políticas comerciais continuarão a ser um tema de importância na arena econômica global.

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