Descubra os Segredos dos Banqueiros de São Paulo: O Impacto dos Negócios da Família Pine, Ducoco e Brickell!

Os três sócios da MRCP Participações S/A estão enfrentando sérias acusações de desvio de dinheiro de clientes, o que motivou uma operação da Justiça que resultou na apreensão de bens dos investigados, com um limite estipulado de até R$ 500 milhões. A operação inclui a execução de 11 mandados de busca e apreensão em nove locais diferentes.

Fundada em 2015 e baseada em São Paulo, a MRCP Participações atua em “outras sociedades de participação, exceto holding”. A investigação teve início em 2023, após um juiz da 1ª Vara de Falência e Recuperações Judiciais determinar a apuração de uma suspeita de fraude em um pedido de recuperação extrajudicial, feito por uma das empresas ligadas a um dos sócios, Nelson Pinheiro, a Brickell Participações.

A Brickell Participações havia proposto sua recuperação extrajudicial em 2019, mas a Justiça revogou o processo em 2022. A revogação ocorreu porque alguns credores contestaram o plano e, eventualmente, a própria empresa decidiu desistir do pedido de recuperação.

As raízes do caso remontam a 2016, quando a Operação Lava-Jato revelou um suposto esquema internacional de lavagem de dinheiro que envolvia o FPB Bank, um banco panamenho de propriedade de Nelson Pinheiro. As investigações apontaram que o FPB Bank estava atuando de forma clandestina no Brasil e servia para facilitar a abertura de empresas offshore. Foram identificadas 44 offshores associadas ao banco, muitas delas vinculadas ao escritório Mossack Fonseca, famoso pelo escândalo conhecido como “Panama Papers”. Em resposta ao envolvimento do banco nas investigações, muitos clientes começaram a retirar seus depósitos, apenas para descobrir que suas contas estavam vazias.

Os credores alegam que mais de R$ 100 milhões foram desviados ilegalmente para uma offshore chamada Infiniti e que Nelson Pinheiro não honrou esses valores. Informações indicam que os recursos podem ter sido transferidos para outras empresas offshore, localizadas em paraísos fiscais como Belize e Ilhas Virgens Britânicas. Em 2017, as autoridades panamenhas intervieram no FPB Bank e, posteriormente, decretaram sua liquidação.

A Brickell Participações também controlava a Brickell Financeira, que mais tarde foi renomeada para BRK. Em 2024, a Justiça de São Paulo decretou a falência da BRK, que estava em processo de liquidação extrajudicial desde fevereiro de 2023 devido a uma determinação do Banco Central.

Outra empresa da família Pinheiro é o Banco Pine, que é controlado por Norberto, um dos sócios. O Banco Pine, de médio porte, foi fundado em 1997 e destaca sua tradição no mercado financeiro desde 1939. O banco foi pioneiro em realizar uma oferta pública inicial de ações (IPO) entre os bancos de médio porte na bolsa brasileira, em 2007.

Além disso, Nelson Pinheiro é herdeiro do banco BMC, adquirido pelo Bradesco em 2007. Ele também é sócio da Ducoco, uma empresa de alimentos que declarou recuperação judicial recentemente, enfrentando uma crise financeira com dívidas que ultrapassam R$ 667 milhões.

Embora a reportagem tenha tentado contato com a defesa de Nelson Pinheiro, não houve retorno até o fechamento. O Banco Pine, por sua vez, se manifestou informando que, desde 2005, não há quaisquer vínculos entre a instituição e Nelson, uma vez que ele encerrou sua participação como sócio minoritário na empresa.

Por fim, a menção de Norberto Pinheiro na operação se deve à sua participação minoritária em uma holding familiar, criada pela matriarca da família para fins de planejamento sucessório. Ele permanece disponível para esclarecer quaisquer dúvidas que as autoridades possam ter sobre o caso.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Back To Top