Descubra os Países que Marcaram Presença na Posse de Maduro!
O recente evento da posse de Nicolás Maduro, que inicia seu terceiro mandato como presidente da Venezuela, ocorreu em um ambiente de controvérsia e isolamento internacional. A cerimônia realizada na Assembleia Nacional no dia 10 de janeiro de 2025 teve a presença apenas de dois líderes latino-americanos: Miguel Díaz-Canel, presidente de Cuba, e Daniel Ortega, presidente da Nicarágua. Ambos os países já haviam reconhecido a vitória de Maduro nas eleições de julho de 2024, que foram amplamente contestadas tanto pela oposição venezuelana quanto por diversos governos ao redor do mundo.
A presença de representantes de outros sete países apoiadores do regime, como Rússia, China, Bolívia e Honduras, contrasta com a postura cautelosa de outros países da região. Na cerimônia, o Brasil foi representado pela embaixadora Glivânia Maria de Oliveira, uma vez que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ainda não havia reconhecido a legitimidade da reeleição de Maduro. O Brasil, junto com México e Colômbia, enviou representantes, mas não endossa o resultado das eleições.
Além destes, países como Argentina, Estados Unidos, Uruguai, Peru, Paraguai, Costa Rica, Panamá, República Dominicana, Chile e a União Europeia não enviaram representantes para a posse, mostrando uma clara falta de apoio a Maduro.
Desde o início de sua gestão, o governo Lula não reconheceu o resultado das eleições, afirmando que Maduro ainda deve explicações sobre os processos eleitorais. O Itamaraty exige a apresentação de documentos que comprovem a lisura da eleição, mas a Venezuela não avançou neste sentido, levando a oposição a acusar o governo de fraudes.
As tensões diplomáticas em torno da Venezuela aumentaram desde a reeleição de Maduro, que obteve 51% dos votos segundo o governo, mas foi contestada por muitos países na América Latina. Após as eleições, a Venezuela rompeu relações diplomáticas com pelo menos oito países conhecidos, incluindo Argentina, Chile, Costa Rica, Peru, Panamá, República Dominicana e Uruguai, cujos diplomatas foram expulsos de Caracas por questionarem a legitimidade do pleito.
O Brasil assumiu a custódia das embaixadas da Argentina e do Peru na Venezuela, uma medida tomada para proteger as instalações após o rompimento. A situação é ainda mais complicada com o recente rompimento de relações entre a Venezuela e o Paraguai, após o apoio do presidente paraguaio a um líder oposicionista.
Enquanto a dinamicidade das relações internacionais desse cenário continua a se desenvolver, é evidente que Maduro busca consolidar sua posição, mesmo em meio a críticas e falta de reconhecimento internacional. O futuro da Venezuela e suas relações com a América Latina permanecem incertos, refletindo uma profunda divisão na política regional.