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Um novo sistema de empréstimos consignados promete oferecer mais flexibilidade e opções para os trabalhadores. Com a proposta, o funcionário poderá informar o valor que deseja tomar emprestado e, em resposta, o sistema apresentará diversas “ofertas” para que ele escolha as condições mais vantajosas. É semelhante a um leilão, onde o trabalhador tem a chance de selecionar entre diferentes taxas de juros e prazos de pagamento que mais se adequem às suas necessidades.
O pagamento das parcelas será realizado mensalmente por meio do eSocial, com o limite de até 35% do salário do trabalhador. Essa abordagem, segundo as diretrizes do governo, poderá resultar em taxas de juros mais baixas do que aquelas geralmente praticadas em empréstimos consignados convencionais. Além disso, após a contratação do empréstimo, o trabalhador terá acesso a informações sobre o andamento do pagamento das parcelas a cada mês, promovendo maior transparência e controle.
Outra inovação é a possibilidade de utilizar até 10% do saldo do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) como garantia para o empréstimo. Em situações de demissão, o trabalhador poderá utilizar 100% da multa rescisória. Vale considerar que, se o trabalhador trocar de emprego, mas mantiver seu vínculo sob o regime da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), as condições do empréstimo permanecerão inalteradas.
A administração desse novo programa ficará a cargo do Comitê Gestor das Operações de Crédito Consignado, que terá a responsabilidade de propor novas regras e até mesmo estabelecer um teto para as taxas de juros do empréstimo.
Uma das vantagens desse sistema é a possibilidade de migrar dívidas de maior custo para o novo modelo de crédito consignado. Trabalhadores que já têm empréstimos com desconta em folha poderão transferir seus contratos para o novo formato a partir de 25 de abril deste ano. Essa mudança almeja combater o superendividamento e proporcionar alívio financeiro aos trabalhadores.
Essa opção de crédito pode ser particularmente benéfica para aqueles que enfrentam dívidas, como as associadas ao uso do cartão de crédito no rotativo. Também pode ser uma boa saída para quem tem pendências no cheque especial ou um empréstimo por meio do Crédito Direto ao Consumidor (CDC). Em situações inesperadas, onde alguém não possui uma reserva de emergência, essa modalidade de empréstimo consignado pode ser mais adequada do que outras opções de crédito disponíveis.
Com essa iniciativa, a expectativa é que os trabalhadores tenham mais controle sobre suas finanças e opções de crédito mais justas e acessíveis.