Wlamir Marques, ícone do basquete brasileiro e mundial, faleceu na última terça-feira (18), aos 87 anos. Conhecido pelo apelido de “Diabo Loiro”, ele deixou uma marca indelével no esporte e é lembrado com carinho por atletas e fãs.
Durante o velório, Jorge Guerra, também conhecido como Guerrinha e atual técnico do time de basquete do São Paulo, fez questão de ressaltar o impacto que Wlamir teve no esporte. Guerrinha destacou a generosidade e inspiração que o atleta proporcionou ao longo de sua vida, enfatizando que seu legado é imenso e atravessa gerações. Para muitos jogadores mais jovens, Wlamir é uma lenda, e sua contribuição ao basquete é reconhecida até hoje. Guerrinha comparou sua influência à de Pelé no futebol, afirmando que Wlamir é uma verdadeira marca no basquete brasileiro e que todos devem ser gratos por tudo o que ele fez.
O homenageado foi uma peça fundamental na história do Corinthians. Em 2016, o ginásio do clube, localizado no Parque São Jorge, foi rebatizado como Ginásio Poliesportivo Wlamir Marques, em reconhecimento a sua importância. Ele é o único atleta a ter sua camisa aposentada pelo basquete do Timão, evidenciando sua relevância não apenas na quadra, mas também na cultura do clube.
Após se aposentar como jogador, Wlamir não se afastou do basquete. Ele continuou sua carreira como treinador e, sob sua liderança, o time masculino e o feminino do Corinthians conquistaram títulos do Campeonato Paulista. Essa dedicação destaca seu amor pelo esporte e o compromisso com a formação de novos talentos.
Wlamir Marques foi um atleta multifacetado que teve uma carreira brilhante, acumulando diversas conquistas. Ele foi campeão mundial em 1959 e 1963, além de ter conquistado medalhas de bronze nas Olimpíadas de Roma 1960 e Tóquio 1964. Seu nome também é lembrado nas competições Pan-Americanos, onde conquistou medalhas de bronze e prata. O reconhecimento a seu talento e contribuição para o basquete culminou em sua entrada no Hall da Fama do Basquete.
Ele também foi o porta-bandeira do Brasil nas Olimpíadas de Tóquio em 1964 e recebeu o troféu Heims de Melhor Atleta da América do Sul em 1961. Em 2018, foi homenageado com a Medalha do Mérito Esportivo, uma forma de celebrar sua longa e rica trajetória no esporte. Wlamir é, até hoje, o sexto maior pontuador na história do basquete masculino brasileiro, um feito impressionante que ressalta sua habilidade, especialmente em uma época em que não havia a linha de três pontos.
O legado de Wlamir Marques ficará eternamente gravado na memória do basquete e entre as gerações que vieram depois dele. Seu impacto vai além dos números e títulos; ele inspirou e continua a inspirar muitos a seguir seus passos no esporte.
