Descubra a Nova Abordagem para Diagnosticar Hipertensão: O que Você Precisa Saber!

No início de setembro de 2025, o Congresso Europeu de Cardiologia, realizado em Londres, apresentou novas diretrizes para o diagnóstico e tratamento da hipertensão arterial. O evento contou com a participação de especialistas de várias partes do mundo, que abordaram um consenso atualizado sobre a gestão da pressão alta, um problema que afeta cerca de 1,2 bilhão de pessoas em todo o planeta.

As novas diretrizes simplificam a categorização da pressão arterial e propõem uma abordagem mais proativa no tratamento nos estágios iniciais da condição. Agora, a pressão arterial é classificada em três categorias principais: não elevada, elevada e hipertensão. Essa nova forma de categorização visa facilitar o entendimento e promover intervenções precoces, ajudando assim a reduzir o risco de doenças cardiovasculares.

### O que é considerado pressão arterial elevada?

De acordo com as novas diretrizes, a pressão arterial é considerada normal quando está abaixo de 120/70 mmHg. A pressão é classificada como elevada quando os valores variam de 120/70 mmHg a 139/89 mmHg. O diagnóstico de hipertensão ocorre quando a pressão arterial supera 140/90 mmHg. Essa manifestação simplificada busca facilitar a identificação e a intervenção precoce nos pacientes que estão em risco.

Um dos especialistas presentes no congresso, o professor Bill McEvoy, enfatizou que a nova categoria de “pressão arterial elevada” é crucial, pois permite uma transição mais clara entre a pressão arterial normal e a hipertensão. Isso possibilita que os médicos detectem e tratem precocemente aqueles que estão em risco de desenvolver complicações cardiovasculares.

### Implicações das novas diretrizes

As novas diretrizes têm como foco intensificar o tratamento desde os primeiros sinais de elevação da pressão arterial. Isso inclui não apenas a introdução de mudanças no estilo de vida, mas também, em muitos casos, o início de medicamentos para controlar a hipertensão. O objetivo é mitigar o risco de eventos cardiovasculares sérios, como infartos e AVCs.

Para aqueles que apresentam pressão arterial elevada, a recomendação é realizar uma “estratificação de risco”. Esse processo envolve a avaliação de diferentes fatores de saúde para determinar a probabilidade de ocorrência de eventos cardiovasculares futuros. Com base nessa avaliação, pode ser necessário começar o tratamento medicamentoso mais cedo.

### Mudanças no estilo de vida como ferramenta de controle

As novas diretrizes reconhecem a importância das mudanças no estilo de vida na gestão da hipertensão. A adoção de uma dieta rica em potássio, presente em frutas e vegetais, é recomendada, assim como a prática regular de exercícios físicos, incluindo atividades de resistência e treinamentos isométricos. Essas ações não apenas ajudam a controlar a pressão arterial, mas também contribuem para uma vida mais saudável.

Outras recomendações incluem evitar o consumo excessivo de sal e bebidas alcoólicas, além de manter um peso saudável. A realização de exercícios de resistência é incentivada, pois exerce um papel importante na saúde cardiovascular a longo prazo.

### Próximos passos para o tratamento da hipertensão

Uma das principais sugestões das novas diretrizes é a intensificação do tratamento medicamentoso. Em muitos casos, recomenda-se iniciar o tratamento com duas classes diferentes de medicamentos a fim de aumentar a eficácia no controle da pressão arterial. Essa estratégia visa reduzir a inércia terapêutica e melhorar as taxas de controle da hipertensão.

A precisão nas medições da pressão arterial é crucial e deve ser realizada tanto em consultórios médicos quanto em casa. Métodos como a Monitorização Ambulatorial da Pressão Arterial (Mapa) e a Medição Residencial da Pressão Arterial (MRPA) são recomendados para garantir diagnósticos precisos e tratamentos eficazes.

As novas diretrizes apresentadas no congresso se propõem a transformar a abordagem em relação à hipertensão arterial, enfatizando a prevenção e o tratamento precoce. Com isso, espera-se melhorar a qualidade de vida dos pacientes e reduzir a incidência de doenças cardiovasculares associadas à pressão alta. A conscientização sobre a importância do controle da pressão arterial e a adoção de um estilo de vida saudável são essenciais para enfrentar esse desafio global de saúde.

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