
O Tigres, do México, manifestou interesse em substituir o León na próxima edição do Mundial de Clubes da FIFA, que ocorrerá nos Estados Unidos entre 14 de junho e 13 de julho. Essa mudança é significativa, especialmente para o Flamengo, que está no mesmo grupo que o León.
A solicitação do Tigres se baseia no título que conquistou na Copa dos Campeões de 2020. O presidente do clube, Mauricio Culebro, expressou a intenção de agir com cautela em relação a essa possibilidade. Ele reconheceu a decisão da FIFA e a situação do León, afirmando que, se a oportunidade de participar do torneio se apresentar, o Tigres se preparará adequadamente. “Quem não gostaria de ir a uma Copa do Mundo de Clubes? A história ainda está sendo escrita”, disse Culebro.
O atacante francês André-Pierre Gignac, uma das estrelas do Tigres, também comentou a situação. Ele elogiou o León pela conquista de sua vaga no Mundial e expressou o desejo de que seu clube também pudesse ter essa oportunidade. Gignac destacou a boa representação que o Tigres fez no Mundial anterior e manifestou o interesse em participar dessa nova edição.
Originalmente, a vaga no Mundial era destinada ao América, que ficou em terceiro lugar no ranking da Concacaf. No entanto, uma regra do torneio impede que mais de um clube do mesmo país participe, a menos que sejam campeões continentais em múltiplas edições nos últimos anos, o que não se aplica neste caso. Com o América fora da disputa, o Alajuelense, da Costa Rica, entrou em contato com a FIFA para reivindicar a vaga, já que conquistou a Taça Centro-Americana. O clube também é o mais bem posicionado no ranking da FIFA entre os clubes fora do México e da América do Sul.
Além do Alajuelense, outras equipes como o Philadelphia Union, da MLS, e o Los Angeles FC, vice-campeão da Champions League da Concacaf em 2023, têm suas candidaturas consideradas pela FIFA.
O León foi excluído do Mundial devido a um possível “conflito de interesses”, uma vez que pertence ao mesmo grupo dueño do Pachuca. Essa decisão da FIFA se baseou em uma regra que proíbe que uma mesma entidade exerça controle ou influência sobre mais de um clube que participa da competição. Apesar dos esforços do presidente do Grupo Pachuca para esclarecer a gestão independente das equipes, a FIFA manteve sua posição.
Além das mencionadas, o Grupo Pachuca gerencia outros clubes no México, como Mineros de Zacatecas e Coyotes de Tlaxcala, e possui presença internacional com o Talleres, na Argentina, e o Everton, no Chile. Essa situação, portanto, traz um cenário complexo e intrigante para o próximo Mundial de Clubes.