
China Responde com Tarifa Surpresa de 34% aos EUA! O Que Isso Significa para o Mercado?
A China anunciou a imposição de tarifas adicionais de 34% sobre produtos importados dos Estados Unidos em resposta às tarifas equivalentes que o presidente Donald Trump revelou durante a semana, como parte de uma estratégia comercial mais agressiva. O Ministério do Comércio chinês informou que essa tarifa será aplicada a todos os bens provenientes dos EUA a partir de 10 de abril. Com esse movimento, as tarifas sobre exportações chinesas poderão ultrapassar os 60%, dado o aumento anunciado por Trump.
As autoridades chinesas caracterizaram as novas tarifas americanas como uma “ação unilateral de intimidação”, afirmando que esse tipo de medida não respeita as normas do comércio internacional e prejudica os interesses legítimos da China.
A reação do mercado foi significativa, com os preços do petróleo tendo uma queda acentuada após o anúncio das tarifas. O petróleo Brent, referência internacional, caiu 6,1%, para US$ 65,85 por barril, enquanto o WTI, equivalente nos EUA, teve uma queda de 6,6%, fixando-se em US$ 62,53. Os índices de ações também sofreram, com uma perda acumulada de mais de 13% desde o anúncio das tarifas pelos EUA na quarta-feira.
No dia seguinte, os índices globais ampliaram suas perdas. Os futuros do S&P 500 apresentaram queda de 2,43%, e o Nasdaq 100 recuou 2,63%. O Stoxx 600, que reflete o mercado europeu, viu uma descida de 4,4% nas transações da manhã, e os índices em várias bolsas asiáticas também registraram perdas. No Japão, o índice Nikkei caiu 2,75%, refletindo um declínio semanal acentuado. As ações do setor bancário no Japão sofreram especialmente, registrando uma queda de 20% na semana, o pior desempenho semanal já observado.
Enquanto isso, os investidores buscaram refúgio em títulos do governo, o que fez os rendimentos dos títulos do Tesouro dos EUA cair para um pouco abaixo de 3,9%, seu nível mais baixo desde o início de outubro. Expectativas em torno do mercado de trabalho dos EUA também estiveram em foco, com previsão de adição de 135 mil empregos em março. O presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, estava programado para fazer um discurso, e os mercados já estavam precificando cortes nas taxas de juros que poderiam ocorrer ao longo do ano.
No Brasil, o governo se prepara para uma possível retaliação comercial, mas pretende, antes de tudo, buscar negociações com os Estados Unidos para esclarecer as barreiras impostas às exportações de aço e alumínio. A estratégia envolve duas frentes: mostrar disposição para retaliar se necessário e também avaliar o impacto das tarifas sobre as exportações brasileiras, buscando oportunidades e incentivando diálogos bilaterais para abrir cotas de venda desses produtos.
Esse cenário de tensões comerciais tem alimentado incertezas sobre o crescimento econômico global, levando os mercados a uma maior volatilidade, com investidores vigilantes quanto a possíveis desdobramentos futuros.