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China e Liga Árabe Unem Forças Contra Deslocamento Forçado de Palestinos em Gaza; Catar e Egito Lutam por Cessar-Fogo!
Na quarta-feira, tanto a China quanto a Liga Árabe manifestaram forte oposição à proposta do presidente dos Estados Unidos, que sugere a realocação dos palestinos da Faixa de Gaza para outros países da região. Essa reação ocorre em um contexto de tensão crescente, após ameaças de Israel e dos EUA de retomar as hostilidades caso o grupo Hamas não libere mais reféns durante uma trégua atualmente em vigor.
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Guo Jiakun, afirmou que a Faixa de Gaza é parte integral do território palestino e que o deslocamento forçado de seus habitantes é inaceitável. A Liga Árabe também se posicionou, com o secretário-geral, Ahmed Abul Gheit, alertando que a proposta de deslocamento não apenas afeta Gaza, mas poderá se estender à Cisjordânia, onde também se acusa a intenção de esvaziar a população palestina.
A ideia do presidente americano foi inicialmente divulgada em janeiro, logo após sua posse para um segundo mandato. Ele havia sugerido limpar Gaza e acomodar os residentes em países como Egito e Jordânia. Essa proposta, entretanto, foi amplamente rejeitada na época e recebeu críticas até mesmo por membros de sua própria equipe. A Casa Branca se esforçou para suavizar a declaração de Trump, enfatizando que não haveria uso de tropas dos EUA para desocupar a região e que qualquer movimento de palestinos seria temporário. No entanto, Trump insistiu que o Egito e a Jordânia poderiam ser responsáveis por essa realocação.
A resistência ao plano é evidente entre líderes regionais. O Egito expressou preocupações relacionadas à segurança, temendo que a presença de refugiados palestinos endosse ataques contra Israel. Já a Jordânia deixou claro que não admitirá tentativas de anexação de terras e reafirmou sua rejeição ao deslocamento de palestinos.
Após um encontro com Trump na Casa Branca, o rei da Jordânia, Abdullah II, destacou a posição firme de seu país contra o deslocamento forçado e enfatizou a urgência em focar na reconstrução de Gaza sem a necessidade de realocar sua população. Ao mesmo tempo, ele anunciou que seu país acolheria 2 mil crianças palestinas para tratamento médico.
Enquanto isso, mediadores do Catar e do Egito estão buscando soluções para a crise, com o objetivo de garantir a continuidade da trégua e facilitar a entrada de ajuda humanitária em Gaza. A situação no local é delicada, e os primeiros sinais de um possível colapso da trégua são preocupantes. A trégua, cujo objetivo é a troca de reféns e a assistência humanitária, pode estar em risco caso não se encontre uma solução rápida.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, advertiu que a hostilidade poderia ser retomada se o Hamas não liberasse os reféns conforme acordado. A pressão sobre o grupo palestino se intensifica, e a continuidade do cessar-fogo depende da boa vontade de ambas as partes em honrar os compromissos firmados.
Além disso, o secretário-geral da ONU fez um apelo ao Hamas para que cumprir com a liberação dos reféns e evitar a retomada das hostilidades. Em resposta, o Hamas manifestou sua frustração, alegando que Israel não está respeitando os termos acordados, o que alimenta um ciclo de tensão na região.
Em meio a esse tumulto, as reações a essa proposta de deslocamento se intensificam, uma vez que líderes palestinos e países árabes se unificam em torno da questão, afirmando que a reconstrução de Gaza deve ocorrer sem o deslocamento de seus moradores. A busca por uma solução pacífica para a crise permanece um desafio, mas a rejeição à ideia de deslocamento forçado é clara e reflete uma luta histórica pela preservação dos direitos do povo palestino.