
Brasil e aliados progressistas conquistam a OEA: O que as críticas a Trump revelam!
Em um recente discurso, o governo brasileiro fez críticas contundentes à maneira como os direitos humanos e o multilateralismo vêm sendo tratados em nível internacional. A secretária-geral do Itamaraty, Maria Laura da Rocha, aproveitou a ocasião para ressaltar a importância do direito internacional frente a um cenário de caos e desordem. Embora evitasse mencionar diretamente líderes de outros países, seu discurso indicou a insatisfação com certas posturas que favoreceram a “lei do mais forte”.
Maria Laura lembrou que, historicamente, a Organização dos Estados Americanos (OEA) teve um papel fundamental na defesa da democracia, mas, em algumas épocas, falhou em abordar questões críticas, como torturas e regimes militares que ameaçaram as liberdades civis. Ela destacou que, durante a Guerra Fria, a OEA se tornou refém do conflito entre os blocos do Leste e do Ocidente. Nesse período, embora houvesse uma retórica em defesa da democracia, questões de violação de direitos humanos não eram discutidas, uma situação que refletia a seletividade que ainda se vê em debates contemporâneos.
A secretária-geral também criticou a administração mais recente da OEA, que, segundo ela, se deixou influenciar por uma lógica de exclusão e estigmatização, abandonando o diálogo e a diplomacia em favor de sanções. Maria Laura argumentou que a OEA, em vez de manter a independência e os canais de comunicação com todos os lados em situações de tensões internas, muitas vezes se posicionou em disputas internas, o que teve um efeito contraproducente.
A situação levou à perda de legitimidade da OEA em relação a temas importantes, resultando em uma diminuição da sua capacidade de propor soluções para crises, como as enfrentadas por países como Venezuela e Nicarágua. Esses países, em anos recentes, afastaram-se da Organização, em parte pela percepção de que a OEA não estava cumprindo adequadamente sua função de mediadora.
Por fim, a secretária enfatizou a necessidade de um compromisso renovado com o diálogo e a cooperação internacional, buscando restaurar a credibilidade das instituições multilaterais e reafirmando o papel das mesmas na defesa dos direitos humanos e da democracia em todo o continente. A chamada à ação busca promover uma abordagem mais inclusiva e abrangente, crucial para enfrentar os desafios contemporâneos com eficácia.