
BC Alivia Expectativas: Selic Pode Subir Menos em Maio, Mas Ciclo de Alta Ainda Não Acabou!
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil está antecipando que, se o cenário econômico se confirmar conforme esperado, a próxima reunião pode resultar em um ajuste mais modesto da taxa de juros. O futuro da taxa Selic, no entanto, continua incerto. Para a reunião de junho, as decisões dos diretores do Copom estarão baseadas na evolução dos preços, levando em consideração as projeções e expectativas de inflação, o hiato do produto e os riscos envolvidos.
Os diretores também destacaram que o curto prazo apresenta um cenário complicado. A inflação, especialmente nos setores de serviços e alimentos, é considerada uma preocupação significativa, pois pode influenciar outros preços. A alta nos preços de alimentos pode ter um efeito dominó, impactando a inflação em diversas áreas da economia. Essa dinâmica é explicada pela presença de mecanismos inerciais que afetam o comportamento econômico brasileiro.
Além disso, a meta de inflação está prevista para ser descumprida novamente em junho. Com as mudanças no regime de metas em vigor, o Banco Central terá que justificar o aumento do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) no meio do ano, especialmente porque a inflação acumulada nos 12 meses deve permanecer acima de 4,5% por um período de seis meses consecutivos. O cumprimento dessas metas é um indicador crucial para a estabilidade econômica.
Se as projeções se confirmarem, a inflação anual continuará acima do limite superior da meta proposto. A partir de janeiro, a inflação de junho indicaria um descumprimento das diretrizes estabelecidas pelo novo regime de metas.
Por fim, o mercado prevê que a taxa Selic alcance 15% ao ano até o final de 2025. Um recente relatório do Banco Central manteve as expectativas em relação às taxas de juros, mas atualizou as previsões de inflação. De acordo com essas projeções, espera-se que a Selic comece a ser reduzida em 2026, com estimativas de quedas sucessivas para 12,5% ao ano em 2026, 10,5% em 2027 e 10% em 2028. As tendências e ajustes futuros nas políticas monetárias seguirão de perto a evolução da inflação e da economia como um todo, refletindo a necessidade de um acompanhamento constante por parte das autoridades financeiras.