Luiz Eduardo Baptista, presidente do Flamengo, teve que deixar a sede da CBF mais cedo durante a reeleição de Ednaldo Rodrigues, que foi confirmado no cargo até 2030. Baptista exerceu seu voto assim que chegou, mas sua agenda apertada o forçou a sair antes da foto oficial com os demais dirigentes de clubes e federações.
O processo eleitoral ocorreu na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, e, após a votação, Ednaldo Rodrigues se pronunciou. Todos os votos para sua reeleição foram unânimes, tanto dos presidentes de federações quanto dos clubes da Série A, com os representantes da Série B votando por último. Notavelmente, não houve abstenções entre os votantes.
Indivíduos próximos ao dirigente flamenguista mencionaram que seu dia estava cheio de compromissos, com reuniões se sucedendo uma após a outra. Embora Baptista tenha se comunicado informalmente com alguns jornalistas, ele não deu entrevistas coletivas. Outros presidentes de clubes, como Pedrinho, do Vasco, e Thairo Arruda, do Botafogo, também optaram por não falar com a imprensa. O presidente do Fluminense, Mário Bittencourt, não compareceu por estar acompanhando a seleção brasileira.
Um momento de destaque foi a participação de Leila Pereira, presidente do Palmeiras, na cerimônia. Ela foi questionada sobre a posição do Flamengo em relação a um manifesto contra Alejandro Domínguez, presidente da Conmebol, que enfrentou críticas por falas racistas. O Flamengo foi o único clube da Série A que não aderiu ao manifesto de repúdio. Em resposta, Leila ressaltou a importância de uma postura firme contra o racismo, citando um episódio em que um jogador palmeirense foi alvo de ofensas raciais durante um jogo no Paraguai.
Leila afirmou que sua prioridade é defender os interesses do Palmeiras e de seus torcedores. Ela enfatizou que é inadmissível que clubes não se posicionem contra o racismo e afirmou que sua presidência é pautada pela coragem e pela luta pelos direitos dos atletas.
A reeleição de Ednaldo Rodrigues e os eventos que a cercaram refletem um momento importante para o futebol brasileiro, onde questões sociais, como o combate ao racismo, continuam a estar em evidência. A interação entre dirigentes e suas posturas em relação a temas atuais são aspectos que moldam o cenário esportivo e suas relações externas. O compromisso com a ética e a justiça será, sem dúvida, fundamental para a continuidade do desenvolvimento do esporte no país.
