Na sexta-feira, o Palmeiras se preparava para a apresentação de Vitor Roque, enquanto sua presidente, Leila Pereira, abordava um grave incidente de racismo que ocorreu durante um jogo da Copa Libertadores Sub-20 contra o Cerro Porteño. O jogo, realizado no Estádio Gunther Vogel em San Lorenzo, culminou em uma vitória do Palmeiras por 3 a 0, mas a celebração foi ofuscada por comportamentos inaceitáveis de parte da torcida adversária.
Leila recebeu apoio após o atacante Luighi, que também foi alvo de ofensas racistas, expressar sua indignação em uma entrevista pós-jogo. Ele confirmou que foi chamado de “macaco” e pediu uma posição firme contra o racismo no esporte. A presidente do Palmeiras anunciou que tomará medidas contundentes, incluindo a solicitação de exclusão do Cerro Porteño da competição, enfatizando que esse não foi um caso isolado, mas sim parte de um padrão de comportamento.
Em suas declarações, Leila lembrou um incidente anterior em 2022, quando torcedores do Cerro imitaram macacos em direção à torcida palmeirense. Ela destacou a ineficácia das punições aplicadas até o momento e a falta de ação da Conmebol, alegando que tentou contato com a entidade sem sucesso. Agora, o Palmeiras está trabalhando em conjunto com a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) para buscar justiça e apresentar uma reclamação formal.
A presidente defendeu que não se deve retirar os jogadores do campo como forma de protesto, uma vez que isso penalizaria os atletas que trabalham arduamente por seus sonhos. Em vez disso, ela reafirmou o compromisso de lutar contra os criminosos que cometem racismo e destacou que as ações devem ser direcionadas a punir os infratores e não as vítimas.
O ato de racismo durante a partida não passou despercebido. Um torcedor foi flagrado imitando um macaco, provocando uma reação imediata, que incluiu a interrupção do jogo. Luighi, visivelmente emocionado, questionou a mídia e as autoridades sobre a inação em relação a esses comportamentos inaceitáveis, ressaltando que “o que fizeram comigo é crime”.
Após o ocorrido, a diretoria do Palmeiras emitiu uma nota oficial condenando o ato e reafirmou sua posição de que irá até as últimas instâncias para responsabilizar os responsáveis. A situação tem gerado um grande apoio vindo de outros clubes e figuras públicas, que estão se manifestando contra o racismo no futebol. A Conmebol também se pronunciou, prometendo investigar e adotar medidas disciplinares.
O incidente ressalta a importância de combater o racismo no esporte e a necessidade de uma resposta unificada para garantir que comportamentos intoleráveis não sejam tolerados.
