
Eduardo Bolsonaro Dispara Críticas Após Vitória Controverso de ‘Ainda Estou Aqui’ no Oscar!
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) utilizou suas redes sociais para criticar o cineasta Walter Salles, diretor do filme “Ainda Estou Aqui”, que conquistou o Oscar 2025 na categoria de Melhor Filme Internacional. Em uma postagem no X (antigo Twitter), o parlamentar descreveu Salles como um “psicopata cínico”, argumentando que ele reclamava do governo americano, enquanto o país lhe proporciona liberdade de expressão.
Eduardo publicou que é contraditório que alguém que “bate palmas para a prisão de mães de família, idosos e trabalhadores inocentes” se manifeste assim em um espaço onde pode opinar livremente. Ele sugeriu que se Salles tivesse criticado um regime que ele atribuiu a uma figura da política nacional, poderia enfrentar consequências severas, insinuando que ele estaria em apuros sob o que chamou de “democracia da esquerda”.
Essas declarações ocorreram em resposta a uma entrevista dada por Walter Salles, na qual ele comentou sobre como o filme ressoou entre o público americano. Segundo Salles, “Ainda Estou Aqui”, que aborda um período de repressão no Brasil, encontrou identificação entre os espectadores dos Estados Unidos devido ao atual cenário político do país.
Salles afirmou que o filme, que trata da ditadura militar, reflete um processo em que a democracia está sendo fragilizada, e isso tem gerado empatia por parte do público no exterior. O longa-metragem, que apresenta os talentos de Fernanda Torres e Selton Mello, explora a história do ex-deputado federal Rubens Paiva, que foi preso e morto durante o regime militar no Brasil, e recebeu indicações em três categorias no Oscar 2025: Melhor Filme, Melhor Filme Internacional e Melhor Atriz para Fernanda Torres.
A figura de Rubens Paiva é uma referência significativa na história brasileira, e a família Bolsonaro já se envolveu em controvérsias anteriores relacionadas a essa parte da história. O ex-presidente Jair Bolsonaro e seu filho, Flávio Bolsonaro, por exemplo, mencionaram a família Paiva em publicações passadas. Em um livro escrito pelo senador Flávio, Jair recorda sua juventude no Vale do Ribeira e expressa desconforto com a disparidade de classe entre sua família e a dos Paiva, reconhecida como uma influência econômica significativa na região.
Além disso, Jair Bolsonaro fez menções públicas a Brilhante Ustra, um coronel do Exército que chefiou o DOI-Codi, um órgão de repressão da ditadura brasileira, o que gerou polêmica e debate sobre o legado desse período na sociedade.
Esses comentários refletem a complexa relação entre arte, política e memória histórica no Brasil contemporâneo, destacando como a interpretação de eventos passados ainda provoca discussões acaloradas na atualidade. Com a liberdade de expressão sendo um pilar fundamental na democracia, a dinâmica entre criadores culturais e figuras políticas continua a ser um ponto relevante de diálogo e divergência no país.