Eletrobras Dispara Após Acordo com Governo: Oportunidade Imperdível no Mercado!

As ações da Eletrobras tiveram um aumento de 5% hoje, após a empresa anunciar um novo acordo com o Governo Federal relacionado a uma Ação Direta de Inconstitucionalidade. Essa ação discute o aumento do poder de voto da União na companhia. A resposta do mercado foi positiva, com analistas elogiando os termos do acordo, que são considerados um importante passo para reduzir riscos associados à empresa.

Um dos pontos centrais do acordo é a reafirmação do limite de 10% no poder de voto para todos os acionistas da Eletrobras, incluindo a União, que detém 30% das ações. Nesse novo arranjo, o Governo poderá indicar três dos dez membros do conselho de administração da Eletrobras, além de um dos cinco membros do conselho fiscal. Entretanto, se a participação do Governo na empresa cair abaixo de 30%, esse direito será revogado.

Outro aspecto relevante do acordo é que o projeto Angra 3, uma usina nuclear ainda em desenvolvimento, precisará passar por uma nova modelagem realizada pelo BNDES. Essa modelagem deve atender a critérios de viabilidade econômica, financiamento em condições de mercado e tarifas modestas. O processo de modelagem será definido por meio de arbitragem entre as partes, o que, segundo analistas, pode reduzir a probabilidade de avanço do projeto. Isso é visto como positivo para a Eletrobras, especialmente devido aos altos custos de investimento e endividamento que Angra 3 exigiria.

Além disso, a Eletrobras concordou em emprestar R$ 2,4 bilhões para a Eletronuclear por meio de debêntures, visando financiar a extensão da vida útil da usina Angra 1. Essas debêntures incluem um montante de R$ 1,9 bilhão que poderá ser convertido em ações, dependendo da melhoria operacional da Eletronuclear.

Analistas destacam que os termos do acordo com a Eletronuclear foram favoráveis, pois, caso a operação não melhore, a Eletrobras não terá mais do que um regime de dívidas. Por outro lado, caso haja uma melhoria, a Eletrobras poderá se beneficiar convertendo a dívida em participação acionária.

O reconhecimento do Governo em ter mais assentos no conselho já era um desdobramento esperado no mercado, e a conclusão desse processo é considerada um marco importante, encerrando uma disputa que se estende há quase dois anos e diminuindo a incerteza que cercava a Eletrobras.

Por fim, o acordo ainda precisa ser homologado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e aprovado pelos acionistas da Eletrobras em assembleia. As expectativas são de que o processo se conclua até abril, o que deverá contribuir para melhorar a percepção da empresa entre investidores, especialmente os estrangeiros que, anteriormente, consideravam a situação política da Eletrobras um empecilho para seus investimentos.

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