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Recentemente, os jogadores Gabigol, do Cruzeiro, e Lucas Moura, do São Paulo, expressaram suas preocupações sobre o uso de gramados sintéticos no futebol brasileiro. Ambos se mostraram contrários a essa modalidade de campo, considerando-a um retrocesso para o esporte no país.
Gabigol e Lucas descreveram a situação como “preocupante” e acreditam que a implementação de grama artificial deveria ser uma opção descartada. Lucas Moura destacou que a qualidade do gramado deve ser uma prioridade para que o futebol brasileiro se destaque mundialmente. Ele defendeu que, em ligas respeitáveis, a voz dos jogadores é considerada e investimentos são direcionados para garantir gramados de qualidade.
Atualmente, na Série A do Campeonato Brasileiro, alguns clubes como Botafogo e Palmeiras já usam gramados sintéticos em seus estádios, e o Atlético Mineiro está prestes a inaugurar o campo artificial na Arena MRV, além do Athletico Paranaense já contar com esse tipo de gramado. No entanto, a resistência de Gabigol e Lucas revela um sentimento compartilhado por muitos atletas sobre a necessidade de gramados adequados para a prática profissional do futebol.
Lucas Moura ainda fez um apelo, afirmando que um bom gramado deve ser uma prioridade para garantir a qualidade do jogo e a segurança dos atletas. Ele ressaltou que o futebol profissional não deve ser jogado em gramado sintético, destacando a importância de atender às necessidades dos jogadores e do espetáculo que é o futebol.
No contexto de sua equipe, Lucas foi poupado do clássico contra o Palmeiras, um jogo realizado no Allianz Parque, que possui gramado sintético. Além do desgaste físico, a escolha pela preservação de Lucas também se deveu a preocupações relacionadas ao tipo de campo. Juntamente com ele, o meio-campista Oscar também foi preservado. Este foi um dos poucos jogos em que o São Paulo não saiu do Allianz Parque com novos desfalques por lesões.
A discussão sobre o impacto dos gramados sintéticos na saúde dos jogadores ainda gera divergências. Especialistas apontam que a relação entre lesões e o tipo de gramado não é conclusiva, com estudos que variam em qualidade e escopo. Há consenso sobre a falta de evidências definitivas que indiquem que um tipo de gramado seja amplamente superior ao outro.
À medida que o futebol brasileiro avança, a qualidade dos gramados continua a ser um tema relevante que merece atenção, especialmente se o objetivo é tornar o país um protagonista no cenário global do esporte.