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Trump Lança Nova Força-Tarefa para Combater o ‘Viés Anticristão’ – O Que Isso Significa para o País?
Na quinta-feira, 6 de um mês recente, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou uma ordem executiva com o objetivo de combater o que ele descreveu como um “viés anticristão” dentro do governo federal. Essa iniciativa demanda que agências governamentais reavaliem suas políticas e práticas que, segundo o presidente, limitam a liberdade de atividade e ativismo religioso.
Durante o National Prayer Breakfast, um evento anual que reúne líderes religiosos e políticos em Washington, Trump anunciou a formação de uma força-tarefa no Departamento de Justiça. Essa equipe terá a missão de interromper qualquer forma de discriminação anticristã que ocorra dentro da administração pública e trabalhar para proteger os direitos dos cristãos e das comunidades religiosas em todo o país.
O presidente também designou a nova procuradora-geral, Pam Bondi, para liderar essa iniciativa. Bondi, em suas funções, se dedicará a abrir investigações sobre atos de violência e vandalismo dirigidos a cristãos. Trump a apoiou, afirmando que ela se esforçará para defender os direitos dos cristãos e de pessoas de fé em âmbito nacional.
A ordem executiva visa, entre outras coisas, reverter o que Trump definiu como um “padrão escandaloso de perseguição a cristãos pacíficos” que, segundo ele, teria se intensificado durante a administração do ex-presidente Joe Biden. Em seu discurso, Trump mencionou casos de manifestantes antiaborto, que foram condenados por obstruírem o acesso a clínicas, como exemplo de ações discriminatórias contra cristãos. O presidente também criticou instituições como o Departamento de Justiça, o FBI e o IRS, alegando que essas agências estariam promovendo uma agenda contrária aos interesses dos cristãos.
Entretanto, essa nova política não está isenta de críticas. Especialistas em direitos civis argumentam que a medida pode favorecer uma única religião, distorcendo o conceito de liberdade religiosa consagrado pela Primeira Emenda da Constituição dos Estados Unidos. Críticos alertaram que a formação da força-tarefa pode, na verdade, ser usada para justificar ações que promovam discriminação, criando um ambiente que poderia desrespeitar princípios fundamentais de igualdade e justiça.
Além da ordem executiva, Trump revelou planos para estabelecer uma nova comissão presidencial em prol da liberdade religiosa e a criação de um “escritório da fé” na Casa Branca, que será liderado por Paula White, uma pastora e apresentadora de TV que tem atuado como conselheira espiritual do presidente.
Em suas declarações, Trump também mencionou que sua relação com a fé se transformou após experiências pessoais significativas que viveu, incluindo duas tentativas de assassinato. Ele pediu aos cidadãos americanos que considerassem trazer Deus de volta para suas vidas, enfatizando a importância da espiritualidade nas questões cotidianas.
Assim, a decisão do presidente de formalizar essa ordem executiva e estabelecer novos órgãos voltados à proteção dos direitos cristãos representa mais um capítulo nas discussões sobre a interseção entre governo e religião nos Estados Unidos. A medida reflete uma tentativa de endereçar preocupações sobre liberdade religiosa, ao mesmo tempo que suscita debates sobre a neutralidade do governo em relação a diferentes crenças.